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Equipe de filme brasileiro protesta em defesa da demarcação de terras indígenas em Cannes

Equipe de ‘Crowrã / A Flor do Buriti’ exibiu uma faixa contra o marco temporal

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Por Redação
Atualização:

AFP - A equipe do longa-metragem Crowrã / A Flor do Buriti, que documenta a vida do povo krahô no Tocantins, exibiu um enorme cartaz nesta quarta-feira, 24, no Festival de Cannes para apoiar a causa da demarcação de terras indígenas no Brasil.

“O futuro das terras indígenas no Brasil está ameaçado”, dizia a mensagem em inglês, acrescida da frase em português “Não ao Marco Temporal”.

O cartaz foi aberto pelos diretores de Crowrã - filme apresentado em uma das mostras paralelas do festival -, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, assim como por alguns krahô que também participam do longa.

Diretor João Salaviza ao lado de Henrique Ihjac Kraho e Francisco Hyjno Kraho antes da sessão de Crowrã. Foto: Eric Gaillard/Reuters

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A tese do Marco Temporal, apoiada por grupos políticos relacionados com o ex-presidente Jair Bolsonaro e por setores do agronegócio, sustenta que os indígenas apenas têm direito às terras que já ocupavam até 1988, quando foi promulgada a Constituição atual.

A demarcação de terras indígenas é uma das principais reivindicações dos povos originários e dos defensores do meio ambiente no Brasil.

O protesto aconteceu durante a tradicional subida das escadas do Palácio dos Festivais na Croisette, antes de uma sessão de gala, neste caso para o filme francês que concorre à Palma de Ouro, La passion de Dodin Bouffant, um evento que costuma ser transmitido ao vivo por emissoras de televisão de todo o mundo.

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