O filme de super-herói Pantera Negra, louvado por seu elenco de maioria negra e pela celebração vibrante da cultura africana, conquistou o principal prêmio do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG) no domingo, ganhando força para o Oscar, cuja cerimônia ocorre em 24 de fevereiro.
Pantera Negra, da Marvel Studios, foi premiado pelo melhor elenco, um triunfo surpreendente sobre o favorito Nasce Uma Estrela, estrelado por Bradley Cooper e Lady Gaga, que saiu sem nenhum troféu.
Glenn Close foi escolhida como melhor atriz de filme pelo retrato de uma mulher dedicada em A Esposa, e Rami Malek foi eleito melhor ator de filme por sua interpretação do vocalista do Queen, Freddie Mercury, em Bohemian Rhapsody. Os prêmios do sindicato são acompanhados com atenção porque os atores formam o maior grupo de eleitores da Academia que concede as estatuetas do Oscar.
Pantera Negra cativou as plateias, tornando-se o segundo maior filme em bilheteria mundial de 2018, e foi aplaudido por ser um marco da diversidade em Hollywood. “Não achei que teria de discursar”, afirmou surpreso o protagonista, Chadwick Boseman, no palco ao lado de seus companheiros de elenco. Boseman disse que todos seus colegas “sabem como é ouvir que não existe espaço para você aparecer, embora seja jovem, talentoso e negro”, referindo-se ao hino de orgulho racial de 1969 de Nina Simone. “Mas logo se deram conta de que tínhamos algo especial que queríamos dar ao mundo.”
Malek, que derrotou Cooper e Christian Bale, astro de Vice, louvou seu personagem. “Extraí a força dele que diz respeito a se impor, viver a melhor vida que puder e ser exatamente quem quer ser”, contou ele a respeito sobre Mercury.
Glenn Close confessou ter usado o anel de casamento de sua avó na premiação depois de ficar sabendo recentemente que ela queria ser atriz – mas essa opção não estava disponível para ela na época.
A vitória de Pantera Negra é um sinal de que o título terá amplo apoio na corrida pelo prêmio de melhor filme no Oscar, que vem intrigando os especialistas com sua gama ampla de concorrentes e nenhum franco favorito.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
