Filme sobre rainha Tomiris começa a conquista da Europa; assista ao trailer

O drama histórico conta a história da rainha dos massagetas, tribos da Ásia Central, que habitam onde hoje estão o sul do Cazaquistão, Afeganistão, Turcomenistão

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Por AFP
Atualização:

 A lendária rainha nômade Tomiris, personagem histórica da Ásia Central nos séculos 5 e 6 antes de Cristo, superou o obstáculo da pandemia da covid-19 e iniciará na Espanha a conquista da Europa, no filme do cineasta cazaque Akhan Satayev.

"O primeiro país europeu a confirmar o interesse em exibir nosso filme foi a Espanha. Estou confiante de que o filme também será exibido na América Latina", disse o diretor, em uma entrevista exclusiva à Agência Efe.

Segundo os produtores, a obra é sobre "a rainha que nasceu para dar grandeza à estepe", formação vegetal de planície com poucas árvores, peculiar da região

Almira Tursy. O drama histórico conta a história da rainha dos massagetas, tribos da Ásia Central, que habitam onde hoje estão o sul do Cazaquistão, Afeganistão, Turcomenistão Foto: EFE/BAUBEK KONYROV

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O drama histórico Tomiris, produção lançada no fim de 2019 - mas que só agora chegará ao circuito internacional, atraso devido ao impacto da pandemia -, conta a história da rainha dos massagetas, tribos da Ásia Central, que habitam onde hoje estão o sul do Cazaquistão, Afeganistão, Turcomenistão.

Tomiris se destacou pela vitória sobre o rei persa Ciro, o Grande, que queria se casar com ela. Após a recusa da rainha, tentou invadir o território que ela liderava, o que custou a vida do conquistador.

Após 25 séculos, Tomiris reencarnou na jovem psicóloga cazaque Almira Tursyn, atriz iniciante. Pelas mãos de Satayev, é contada uma "comovente história sobre os ancestrais", sobre a "rainha nômade que foi de uma pequena e frágil menina para uma valente guerreira", conforme conta o diretor.

"Enche de orgulho que aquelas pessoas viviam no território atualmente ocupado pelo Cazaquistão. É uma história universal, e espero que o filme seja interessante para os espectadores de vários países ao redor do mundo", afirmou o cineasta.

Trata-se de um drama épico, com todas as peças habituais nestas obras: ambientes de época que mostram com luxo os detalhes da vida dos ancestrais cazaques e batalhas campais no meio da interminável planície, em ritmo de um filme de ação.

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Pandemia foi obstáculo

A superprodução para os padrões locais teve orçamento de cerca de US$ 6,5 milhões (R$ 36,7 milhões), uma equipe de filmagem com 200 pessoas, além de aproximadamente 500 figurantes. A chamada marcha para o Ocidente, rumo à exibição internacional, no entanto, foi atrasada pelo novo coronavírus.

"A pandemia afetou todas as esferas da vida, e atingiu duramente a indústria cinematográfica. Espero que todas as limitações acabem logo e que o cinema mundial possa sair desta longa crise, porque as limitações nos obrigam a procurar novas saídas para colocar as ideias em prática", explicou Satayev.

Os direitos de exibição da obra foram adquiridos na Espanha, além de Estados Unidos, Rússia, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, entre outros.

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A grande estrela do projeto, que foi reconhecido com o Grande Prêmio do Novo Genero do L'Étrange Festival, realizado em Paris, na França, no mês passado, é Almira Tursyn, de 28 anos, que estreou diante das câmeras, após ser escolhida para interpretar a personagem principal entre 200 candidatas.

Segundo a jovem, que mantém um blog que oferece ajuda psicológica, a possibilidade de desempenhar o papel de Tomiris a ajudou a identificar quais eram suas verdadeiras aspirações.

"Entendi que nunca se deve desistir dos sonhos e objetivos. Não se trata apenas de amar seu país e seu povo, mas de ser capaz de amá-los com abnegação, pensar em grande escala, agir com decisão e nunca desistir, sem esquecer sua beleza, feminilidade e sabedoria", explicou a iniciante atriz.

Segundo Tursyn, "esta é a principal lição" que ela queria transmitir aos seus conterrâneos com a participação no filme.

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