Depois de 17 edições no Rio, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro está migrando para São Paulo. Ontem, no início da tarde, cercado pelo presidente da Academia, Jorge Peregrino, pelo secretário municipal de Cultura, Alê Youssef, e pela presidente da Spcine, Laís Bodanzky, o prefeito Bruno Covas fez o anúncio. O prêmio será entregue no dia 14 de agosto, no Theatro Municipal, e o secretário Youssef aproveitou para destacar que a iniciativa visa consagrar uma das pedras de toque da atual gestão, o multiculturalismo. “O Theatro Municipal não é só o palco da música. Contempla teatro, cinema”, disse.
A mudança do prêmio para a cidade deveu-se a uma articulação entre a Academia Brasileira de Cinema, a Spcine e as secretarias de Cultura do Município e do Estado. “A difusão do audiovisual é um dos movimentos estratégicos do nosso programa São Paulo Capital da Cultura. Representa a afirmação da nossa identidade e a possibilidade de ganhos financeiros em empregos, turismo”, reafirmou o prefeito. Os filmes indicados para o prêmio – ficções, documentários e produções estrangeiras, num total de 22 títulos – estarão, no período de 18 deste mês até 14 do próximo, no circuito Spcine.
“Pretendo usar os espaços de propaganda gratuita da prefeitura em ônibus e metrô para incentivar a população a votar no prêmio do público”, disse o prefeito, assinalando a sintonia de sua gestão com a do governador João Dória. São Paulo sediará o prêmio neste ano e no próximo.
No ano passado, a cerimônia realizou-se em setembro. Este ano, está sendo antecipada em um mês. É uma crítica que tem sido feita ao chamado 'Oscar brasileiro' – embora premie produções do ano anterior, a festa tem saído muito tarde no segundo semestre. Peregrino promete trazê-la para o primeiro semestre, em maio, no ano que vem. Indiscrição, ou não, Bruno Covas prometeu novo encontro com a imprensa para falar de cinema, sobre a Mostra. Tem patrocínio à vista.
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