EFE - O Tribunal Superior do condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, condenou nesta quinta-feira o ex-produtor Harvey Weinstein a 16 anos de prisão, após considerá-lo culpado de três acusações de estupro e abuso sexual contra uma modelo de origem italiana.
Um júri da Califórnia o havia considerado culpado em dezembro do ano passado por estupro, penetração sexual e “relações sexuais forçadas” contra essa mulher.
A sentença se soma aos mais de 20 anos que Weinstein, de 70 anos, tem de cumprir por uma pena semelhante em 2020, em Nova York, promovendo a queda do outrora poderoso magnata do cinema que se tornou um dos mais visados pelo movimento #MeToo.
Weinstein apelou diretamente para a juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Lisa B. Lench, dizendo: “Eu mantenho minha inocência. Eu nunca estuprei ou agredi sexualmente Jane Doe 1″. A mulher por quem Weinstein foi considerado culpado de estupro chorou no tribunal enquanto ele falava.
Momentos antes, ela havia contado à juíza sobre a dor que sentiu após ser agredida por Weinstein. “Antes daquela noite, eu era uma mulher muito feliz e confiante. Eu valorizava a mim mesma e ao relacionamento que tinha com Deus”, disse ela mulher, identificada no tribunal apenas como Jane Doe 1.
“Eu estava animada com o meu futuro. Tudo mudou depois que o réu me agrediu brutalmente. Não há sentença de prisão longa o suficiente para desfazer o dano.” A juíza Lisa B. Lench proferiu a sentença depois de rejeitar uma moção dos advogados de Weinstein para um novo julgamento. Os promotores e os advogados do réu se recusaram a comentar após a sentença.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.