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Luc Besson: MP francês pede arquivamento de investigação por estupro

Acusação foi arquivada em 2019, mas atriz apresentou outra denúncia com constituição de parte civil, abrindo novo caso meses depois

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Por AFP

O Ministério Público de Paris pediu na sexta-feira, 8, o arquivamento do caso aberto contra o cineasta francês Luc Besson, acusado de estupro por uma atriz belgo-holandesa, informou uma fonte judicial, confirmando uma informação publicada na imprensa.

Caberá à juíza de instrução encarregada do caso decidir se aceita ou não o arquivamento.

Luc Besson, que nega as acusações feitas contra ele pela atriz Sand Van Roy, foi declarado testemunha assistida em 25 de janeiro, uma qualificação intermediária entre testemunha e investigado.

Luc Besson, um dos mais conhecidos diretores da França, foi acusado de estupro. Foto: Stefanie Loos/Agence France-Presse - Getty Images

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"São pedidos lógicos e coerentes com a realidade do caso e da investigação", reagiu em declarações à AFP o advogado do cineasta, Thierry Marembert.

"Sua posição nunca mudou", lembrou Marembert. "Tem vontade de fechar este parêntese e retomar uma vida normal", acrescentou.

Um dos advogados de Sand Van Roy, Francis Szpiner, criticou o que chamou de um "escândalo judicial" e lamentou que a nova juíza de instrução nomeada para este caso midiático tenha se recusado a "organizar uma acareação entre a denunciante e o autor".

A atriz apresentou uma denúncia de estupro em 2018 contra o produtor e diretor francês, de 62 anos, um dia depois de ter se encontrado com ele em um hotel de luxo da capital francesa.

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Dois meses depois, a atriz denunciou outros estupros e agressões sexuais que teriam sido cometidos, segundo ela, durante dois anos de relação com "domínio profissional" por parte de Besson, diretor de Nikita, criada para matar, O Quinto Elemento, entre outros.

O MP arquivou estas denúncias em 25 de fevereiro de 2019, considerando que não tinha podido "caracterizar a infração denunciada".

Depois disso, a atriz apresentou uma nova denúncia com constituição de parte civil, que deu lugar à abertura de um caso por "estupro" no outono de 2019.

Outras oito mulheres acusaram o cineasta posteriormente de gestos inapropriados e inclusive de agressões sexuais, em testemunhos coletados pelo jornal francês Mediapart e cujos fatos prescreveram em sua maioria.

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