Meryl Streep voltou a fazer críticas ao governo de Donald Trump após o presidente norte-americano ter questionado o discurso da atriz durante a cerimônia do Globo de Ouro, em janeiro. No Twitter, o político chamou a artista de "uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood" e "lacaia" de Hillary Clinton.
"Sim, eu sou uma das mais superestimadas e condecoradas atualmente", disse Meryl ao ser premiada em um evento da Human Rights Campaign, entidade de direitos LGBT, em Nova York. Em janeiro, ela foi indicada ao Oscar pela 20ª vez.
Visivelmente emocionada, a atriz chegou a chorar em alguns momentos do discurso. "Se sobrevivermos a esse momento precário, se o instinto catastrófico (de Trump) de retaliação não nos levar a um inverno nuclear, teremos muito a agradecer ao nosso atual líder, porque ele nos despertará ao ponto de vermos como a liberdade é frágil", disse.
A atriz citou ainda o comportamento agressivo do presidente dos Estados Unidos no Twitter. No qual, segundo ela, ele costuma "intimidar, punir, humilhar e desligitimar" a imprensa e a todos os seus inimigos.
"Não vamos voltar aos maus e velhos tempos de ignorância e opressão e de escondermos quem somos. Devemos isso às pessoas que morreram por nossos direitos, e que morreram antes mesmo de terem os seus próprios. Nós devemos isso aos pioneiros do movimento LGBT e às pessoas que estão nas linhas de frente dos movimentos de direitos civis", completou./Associated Press e EFE
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