A festa começou no dia 31, quando os convidados assistiram, no Nikki Beach Bar de Miami, à exibição dos curtas O Sanduíche, de Jorge Furtado, e BMW Vermelho, de Reinaldo Pinheiro e Edu Ramos. Desde este dia, a cidade da Flórida é sede do festival do cinema brasileiro. A mostra competitiva começa hoje e encerra-se no domingo, no Lincoln Theatre, com a premiação dos curtas e longas vencedores do evento que já está na sua sétima edição. Foi em 1997 que Adriana e Cláudia Dutra e Viviane Spinelli, sócias na Inffinito Produções, tiveram a idéia de transformar Miami na vitrine para exposição da produção brasileira após o período conhecido como "retomada". Desde a segunda edição, em 1998, o Festival do Cinema Brasileiro de Miami ganhou o apoio financeiro da prefeitura da cidade na Flórida, que construiu o telão montado na praia. Este ano, BR Distribuidora, TAM, Kodak e o próprio governo brasileiro são os patrocinadores do festival. Nestes sete anos, o Festival do Cinema Brasileiro cresceu bastante. Em 1997, 6 mil pessoas assistiram aos 20 filmes curtos e longos que integraram a programação. Em 2003, a expectativa é de que pelo menos cinco vezes mais, 30 mil espectadores, prestigiem as sessões. O festival, afinal, é o único evento brasileiro que faz parte do calendário oficial da cidade. Também hoje, será inaugurado, no Wolfsonian Museum, o BR Market Place, espaço voltado à promoção e comercialização do produto audiovisual brasileiro. Um júri presidido pela produtora Lucy Barreto vai atribuir o prêmio Lente de Cristal, uma criação da artista plástica Helena Bressane, aos melhores desta edição. Concorrem oito longas, entre eles O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca, Amarelo Manga, de Cláudio Assis, e Durval Discos, de Anna Muylaert. Entre os seus curtas que disputam a Lente de Cristal estão Como se Morre no Cinema, de Luelane Mascarenhas, À Margem da Imagem, de Evaldo Mocarzel, e Morte, de José Roberto Torero.