Morre, aos 101 anos, Bill Butler, histórico nome da fotografia no cinema

Artista foi indicado ao Oscar por ‘Um Estranho no Ninho’ e introduziu inovações importantes nas gravações de ‘Tubarão’

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Por Redação
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O premiado fotógrafo norte-americano de cinema Bill Butler, de Tubarão, morreu no dia 5, em Los Angeles, Califórnia, dois dias antes de completar 102 anos. Butler, cujo nome real era Wilmer Cable Butler, se manteve ativo até os 87 anos, registrando 90 filmes em seu currículo, alguns títulos tão populares como Tubarão – os três primeiros filmes da série Rocky foram fotografados por ele.

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Butler foi indicado ao Oscar pela fotografia de Um Estranho no Ninho e ganhou dois Emmys. Primeiro em 1977 por Raid on Entebbe (Resgate Fantástico), dirigido por Irvin Kershner, e mais tarde, em 1984, pela segunda versão de A Streetcar Named Desire (Um Bonde Chamado Desejo), feita para a televisão, com Treat Williams no papel que foi de Marlon Brando na versão original.

A importância de Butler para a fotografia do cinema se deve sobretudo às inovações introduzidas por ele. Cerca de 90% das cenas de Tubarão foram feitas com uma câmera portátil e operadas por Michael Chapman, que havia trabalhado com Francis Coppola no primeiro O Poderoso Chefão (1972) e assinou a fotografia de Taxi Driver (1976) para Martin Scorsese.

Bill Butler, responsável pela fotografia de 'Tubarão', durante entrevista virtual em 2021 Foto: YouTube/filmfestivals.com

Bill Butler trabalhou igualmente com Coppola no primeiro filme do diretor, The Rain People (Caminhos Mal Traçados, 1969). Grandes autores do cinema americano requisitaram seu trabalho em filmes que não tiveram o êxito comercial de Tubarão, mas entraram para a história do cinema, como A Conversação (1974), de Coppola, e Fearless Frank (1967), de Philip Kaufman.

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