PUBLICIDADE

Morre aos 81 o ator Charles Bronson

O astro de uma longa lista de faroestes e da série Desejo de Matar morreu de pneumonia, ontem, após anos sofrendo do Mal de Alzheimer

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Charles Bronson, o minerador da Pennsylvania que se converteu em astro do cinema de ação, morreu aos 81 anos, ontem, de pneumonia, na companhia da mulher, no hospital Cedars-Sinai Medical. O anúncio foi feito hoje à noite, pelo agente do ator, Lori Jonas. A carreira de Bronson foi feita em cima de tipos durões. Basta lembrar alguns de seus apostos: "le sacre monstre" (o sagrado monstro), na França, e "il bruto" (o bruto), para os italianos. Contribuíram para tanto faroestes como Sete Homens e um Destino (1960), de John Sturges, Os Quatro Heróis do Texas (63), de Robert Aldrich, e Era Uma Vez no Oeste (69), de Sergio Leone, ainda sem o indefectível bigode. Assim como outro durão do cinema, Clint Eastwood, Bronson deslanchou na Europa. Em 1971, na cerimônia do Globo de Ouro, foi apresentado como o ator mais popular do mundo. Por essa época, voltava à Hollywood cinqüentão e com status de astro do primeiro time do cinema mundial. Numa entrevista de 1971, Bronson teorizava sobre seu sucesso em cima de tipos valentões: "talvez eu seja muito masculino". O certo é que, com o passar dos anos, passou a fazer repetidamente o papel, discutível com os anos, de vingador implacável. E foi como astro da série Desejo de Matar que as gerações mais novas o conheceram. O quinto título da série é, a propósito, o último filme que protagonizou, em 1994. Há anos, ele sofria do Mal de Alzheimer. Há duas semanas, os médicos avisavam que o ex-minerador que descobriu o cinema tinha poucos dias de vida. E não se lembrava mais do astro que foi.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.