EFE - O britânico Hugh Hudson, diretor do filme Carruagens de Fogo (1981), morreu nesta sexta-feira, 10, aos 86 anos, após sofrer uma “curta doença”, segundo informou sua família em comunicado à imprensa.
O responsável pelo filme vencedor de quatro Oscars morreu no Charing Cross Hospital, em Londres, mesma cidade onde nasceu, em 1936.
O ator Nigel Havers, um dos protagonistas de Carruagens de Fogo, disse estar “devastado” pela morte do cineasta, que era casado e tinha um filho.
Hudson começou sua carreira dirigindo documentários e comerciais para a televisão, antes de dar o salto para o cinema e fazer sucesso com seu primeiro longa-metragem, justamente Carruagens de Fogo, que foi indicado a sete Oscars e ganhou quatro estatuetas.
O filme, com roteiro de Colin Welland e trilha sonora de Vangelis (1943-2022), é um drama histórico centrado nas experiências de dois corredores, Eric Liddell, um cristão escocês, e Harold Abrahams, um judeu inglês.
O filme, que conta a história desses dois atletas se preparando para disputar as Olimpíadas de Paris em 1924, foi “uma das melhores experiências da minha vida profissional”, declarou o ator.
“Eu, como muitos outros, devo a ele (Hudson) uma grande parte de tudo o que aconteceu depois (do filme). Vou sentir muito a sua falta”, acrescentou Havers.
Após esse sucesso, Hudson filmou Greystoke - A Lenda de Tarzan, com Christopher Lambert liderando o elenco, um filme que recebeu três indicações ao Oscar.
Depois, o realizador britânico nunca mais conseguiu fazer filmes com o mesmo impacto, e colheu estrondosos fracassos de bilheteira como Revolução (1985), África dos Meus Sonhos (2000) e Fronteira Selvagem (2014).
Seu último longa-metragem, Altamira (2016), que abordou a descoberta das grutas pré-históricas com o mesmo nome na Cantábria, foi rodado na Espanha e teve Antonio Banderas no papel principal.
O filme Carruagens e Fogo pode ser visto no Star+.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.