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Norman Jewison, diretor de ‘Feitiço da Lua’, morre aos 97 anos

Cineasta canadense emplacou 46 indicações ao Oscars e fez história na indústria do cinema

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Por AFP
Diretor, escritor e produtor canadense Norman Jewison segurando seu prêmio pela ASC (Sociedade Americana de Cinematografia). Ele morreu no sábado, 20, aos 97 anos. Foto: Adrees Latif/ Reuters

Norman Jewison, diretor da comédia romântica Feitiço da Lua e do drama racial No Calor da Noite, entre outros, morreu, aos 97 anos, informou seu assessor, Jeff Sanderson, nesta segunda-feira, 22. Jewison “morreu pacificamente neste sábado, 20 de janeiro de 2024, em sua casa”, descreveu ele em nota enviada à AFP.

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“Seu legado irá perdurar por meio de seus filmes atemporais e das inúmeras pessoas e organizações que inspirou e seguirá inspirando por gerações”, reagiu o Centro Cinematográfico Canadense, que Jewison fundou em 1986.

Os filmes do diretor, entre os quais estão Um Violinista no Telhado (1971) e Os Russos estão chegando! Os Russos estão chegando! (1966), tiveram 46 indicações aos prêmios da Academia e levaram o Oscar em 12 ocasiões. Ao longo de sua carreira, ele foi indicado três vezes ao Oscar de Melhor Diretor, no entanto, não levou a cobiçada estatueta. Em 1999, foi homenageado pela Academia com o prêmio Irving Thalberg.

Com mais de quatro décadas de carreira na indústria, em que lançou sob sua direção alguns dos astros mais famosos de Hollywood, Jewison também conquistou três prêmios Emmy graças ao seu trabalho na TV.

“Os filmes de Norman Jewison eram histórias únicas, devido ao seu talento único”, disse hoje a ministra da Cultura canadense, Pascale St-Onge.

Sobre ele

Norman Jewison nasceu em Toronto, em 21 de julho de 1926. Começou a atuar ainda criança, com alguns papéis no teatro escolar, mas foi atrás das câmeras que construiu sua carreira.

O diretor teve as primeiras oportunidades na TV no Canadá, depois em Londres e Nova York, onde trabalhou com nomes como Harry Belafonte e Judy Garland. Estreou no cinema em 1962, com 20 Quilos de Confusão, estrelado por Tony Curtis, seguido por outras três comédias românticas.

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Mesmo não abandonando completamente o gênero, Norman começou a se inclinar como cineasta para produções de conteúdo social. Mas foi No Calor da Noite (1967), protagonizado por Sidney Poitier, que o popularizou.

O diretor Norman Jewison e o ator Sidney Poitier durante a cerimônia de premiação da ASCAP (Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores), em Beverly Hills, 24 de abril de 2001. Foto: Reuters

O longa-metragem de suspense, que retrata de forma arrepiante o sul dos Estados Unidos, com Poitier como um modelo de integridade em meio à incompetência dos brancos do Mississipi, levou quatro prêmios da Academia, incluindo o de Melhor Filme.

Ele também esteve à frente da ópera rock Jesus Cristo Superstar (1973), do filme futurista Rollerball (1975), estrelado por James Caan, e do drama político de Sylvester Stallone F.I.S.T. (1978).

Em 1987, chegaria outro dos grandes sucessos de sua carreira, a comédia romântica Feitiço da Lua, protagonizada por Cher e Nicolas Cage, que arrasou nas bilheterias e ganhou três Oscars, incluindo o de melhor atriz. “Até logo, doce príncipe”, reagiu Cher hoje, nas redes sociais. “Obrigada por uma das maiores, mais felizes e mais divertidas experiências da minha vida.”

Jewison continuou alternando entre comédias românticas e dramas com conteúdo social, como Hurricane (1999), com Denzel Washington. Nas últimas décadas, dedicou-se, principalmente, à produção.

O cineasta deixou mulher, três filhos e cinco netos.

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