Com a estreia de It - Capítulo 2, nesta quinta-feira, 5, com a continuação da história de Stephen King que chegou às livrarias em 1986 e aos cinemas em 1990 e 2017 como It - A Coisa, relembre as melhores adaptações de livros de Stephen King e veja os trailers (a maioria está em inglês). Veja, também, um ranking com os melhores livros de Stephen King e uma seleção com 16 filmes de palhaços que vão te fazer perder o sono.
Carrie – A Estranha, de Brian De Palma, 1976
Pobre Sissy Spacek. Além da mãe carola (Piper Laurie), que inferniza a vida dela, tem os colegas. É bulling que não acaba mais. Um dia Carrie descobre que tem poderes cinestésicos. Consegue mover as coisas. E começa o banho de sangue. Sissy, John Travolta, Amy Irving. O baile de formatura e aquela mão saindo da sepultura. Uau! Houve um remake, em 2013, com Chloë Grace Moritz e Julianne Moore, mas não é tão bom.
O Iluminado, de Stanley Kubrick, 1980
Kubrick sempre quis fazer a obra-prima definitiva de cada gênero em que se exercitou. Mais uma vez, conseguiu. Jack Torrance/Jack Nicholson instala-se com a família naquele hotel deserto. Quer aproveitar para escrever um livro, mas é perseguido pelos fantasmas do lugar, e ele próprio pode ser um deles. O confronto decisivo é entre pai e filho, num jardim que evoca o labirinto. Stephen King odiava o filme. Pior para ele. É um clássico.
Creepshow – Arrepio do Medo, de George A. Romero, 1982
Pai atira gibi de terror que o filho está lendo no lixo. O vento agita as folhas da revista e as histórias adquirem vida. São contos de vingança, zumbis, assassinatos. No mais bizarro ou escastológico, milionário com mania de limpeza é atacado por uma praga de baratas.
Christine – O Carro Assassino, de John Carpenter, 1983
Fábrica da Chrysler, em 1957. Dois operários morrem durante fabricação de um carro. Décadas depois, o tal carro, batizado como Christine, segue matando. Carpenter, príncipe do terror, vai na contracorrente do desenvolvimento tecnológico, mas cria cenas impressionantes. Dizer que o filme assusta é pouco.
A Hora da Zona Morta, de David Cronenberg, 1983
Às vésperas de se casar, Christopher Walken sofre um acidente de carro e entra em coma. Cinco anos depois, ao recobrar a consciência, ele perdeu a noiva mas adquiriu a capacidade de prever o futuro. O que vê é sinistro. Cronenberg integra Stephen King à sua visão de mundo, e cinema. Como em todo filme do diretor, o protagonista vira uma aberração aos olhos de seus semelhantes.
Colheita Maldita, de Fritz Kiersch, 1984
Como autor de terror, Stephen King nunca acreditou no mito da inocência da infância. As crianças deste filme não apenas matam adultos como adubam com sangue a terra que vai produzir a colheita maldita. Anos depois, quase como um desdobramento, surgiu Cemitério Maldito. A Colheita Maldita foi refilmado em 2009, mais explícito, mas não tão bom.
Chamas da Vingança, de Mark L. Lester, 1984
Papai e mamãe foram cobaias de experimentos na juventude e Drew Barrymore nasceu com a capacidade de provocar incêndios. Vira uma arma perigosa. Uma agência do governo vai tentar cooptá-la, para tirar proveito de suas habilidades. Drew é melhor que o filme.
Olhos de Gato, de Lewis Teague, de 1985
Três histórias de terror ligadas por gato de rua que encontra seu destino na terceira – proteger menina de uma estranha criatura, um troll. Drew Barrymore foi indicada para prêmios e, desta vez, o próprio filme virou obra de culto.
Conta Comigo, de Rob Reiner, 1986
Garotos se unem para procurar cadáver numa floresta. Richard Dreyfuss, como o próprio King, é o narrador e o filme é um clássico do rito de passagem. River Phoenix, Kiefer Sutherland, as bicicletas. Muita coisa de It vem daqui, e o filme também foi, com toda certeza, a referência para Stranger Things.
O Comboio do Terror, de Stephen King, 1986
King radicaliza a proposta de Christine e, com base em sua história Caminhões, mostra máquinas assassinas perseguindo humanos – para matar. O próprio King, como diretor, e Emilio Estevez, ator, foram indicados para a Framboesa de Ouro como piores nas respectivas categorias.
Cemitério Maldito, de Mary Lambert, 1989
Família muda-se para pequena comunidade, em busca de paz. Vão morar perto de um cemitério indígena, cuja terra podre tem a capacidade de reessuscitar animais – e pessoas. Só que ninguém volta como era antes. O horror, o horror. Houve uma sequência, na época. E, recentemente, um remake. No segundo, o gato morto-vivo rouba a cena.
It – Uma Obra-Prima do Medo, de Tommy Lee Wallace, 1990
Amityville II, Halloween III, A Hora do Espanto II. Wallace nunca foi um grande diretor, mas beneficiou-se dos códigos do terror para pregar alguns sustos. O primeiro It não honra o título - obra-prima de terror? Não chega aos pés do remake de Andy Muschietti, de 2017, nem Tim Currry se compara a Bill Skarsgard como o palhaço assassino, mas virou cult. Por quê?
Louca Obsessão, de Rob Reiner, 1992
Obra-prima de terror? De crueldade? Kathy Bates ganhou o Oscar – e quase todos os prêmios do ano – por sua criação como enfermeira que acolhe em sua casa escritor que sofreu acidente. Ao descobrir que ele é autor de sua série favorita, e pretende matar a personagem com quem ela se identifica, Kate ameaça picotar James Caan. E não está brincando. Rob Reiner, vale lembrar, dirigiu Conta Comigo.
O Passageiro do Futuro, de Brett Leonard, 1992
Pierce Brosnan faz cientista que usa deficiente mental (Jeff Fahey) como cobaia de uma experiência. Liga seu cérebro a um computador e o resultado é surpreendente, mas tem volta e vira um desastre. Uma espécie de esboço para o terror psicológico de A Metade Negra.
A Metade Negra, de George A. Romero, 1993
Timothy Hutton faz escritor que simula o enterro do duplo que utilizava para assinar seus relatos policiais. Uma série misteriosa de assassinatos o transforma em suspeito. Será o duplo que está matando? A 'metade negra' pertence ao tipo de terror psicológico que King, volta e meia, adora desenvolver.
Um Sonho de Liberdade, de Frank Darabont, 1995
Baseado em Rita Hayworth and Shawshank Redemption, o filme mostra homem condenado à prisão perpétua pelo assassinastro da mulher e do amante dela. Ele nega o crime, não adianta. Não teria futuro na cadeia, se não se ligasse a um preso mais velho, e respeitado. Tim Robbins, Morgan Freeman, um excepcional elenco de coadjuvantes. Virou cult.
À Espera de Um Milagre, de Frank Darabont, 1999
De novo o diretor Darabont, outra história que se passa no meio carcerário. Michael Clarke Duncan é um negro ginagtesco, mas com alma de criança. É condenado pelo assassinato de duas crianças, mas não matou. Só um milagre, e o carcereiro Tom Hanks, poderão salvá-lo. Os grandes filmes de Darabont são a prova de que o 'rei' Stephen não é só um autor de gênero.
Janela Secreta, de David Koepp, 2004
Johnny Depp faz escritor que flagra o adultério da mulher e sofre colapso mental. Em crise, isola-se para escrever novo livro, mas surge estranho que pode não ser real. Ecos de O Iluminado numa história que tem um desfecho inesperado e surpreendente.
A Torre Negra, de Nikolaj Arcel, 2017
A magnus opus de King começou a escrita em 1970 e demorou 33 anos e sete volumes para chegar ao fim da história do Pistoleiro que busca a mítica Torre Negra e do garoto que pode ajudá-lo a destruí-la, salvando o universo. Mais fantasia que terror, o filme beneficia-se do carisma de Idris Elba e Matthew McConaughey, mas nem isso evitou o fracasso de público e crítica.
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