Oscar 2024: Hollywood cria regras mais rígidas após campanha controversa de Andrea Riseborough

Membros não poderão induzir outros a votar em um filme ou pessoa específica, a fim de evitar a repetição do caso Riseborough, indicada a atriz por ação nas redes sociais de amigos

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Por Redação

EFE - A Academia de Hollywood tornou públicas as mudanças nas regras de divulgação das campanhas realizadas pelos filmes antes da entrega do Oscar, após a polêmica causada pela indicação da atriz Andrea Riseborough na última edição.

Por meio de um comunicado, a organização especificou como as empresas cinematográficas e indivíduos diretamente associados aos filmes que concorrem ao Oscar podem promover seus projetos e realizações entre os membros da Academia e, por sua vez, como os membros podem promover projetos elegíveis.

A atriz Michelle Yeoh exibe o Oscar que ganhou por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo tempo, em coletiva de imprensa realizada em seu país natal, a Malásia  Foto: Hasnoor Hussain / Reuters

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Estas alterações, que vigorarão a partir da 96ª edição dos prêmios (a de 2024), esclarecem questões relativas à utilização das redes sociais, bem como à comunicação em fóruns públicos.

Entre as mais notáveis, estão a limitação do número de exibições organizadas permitidas antes das indicações, bem como a proibição de estúdios e empresas cinematográficas de organizar ou apoiar esses eventos.

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Eles também impedem os governadores da Academia (54 no total) de endossar publicamente ou de outra forma filmes ou apresentações se não estiverem associados a eles.

No entanto, os membros da organização poderão elogiar os projetos e performances de seus colegas de forma geral, mas não poderão induzir outros a votar em um filme ou pessoa específica, ou falar sobre suas preferências.

A atriz Andrea Riseborough chega para a festa da Vanity Fair, na Califórnia, em 2023  Foto: Danny Moloshok / Reuters

As mudanças ocorrem após a polêmica nomeação de Riseborough por seu trabalho no filme independente To Leslie, que teve uma curta temporada de exibição nos cinemas e receitas de bilheteria muito baixas.

O filme protagonizado pela atriz britânica teve uma intensa campanha promocional nas redes sociais e contou com várias projeções organizadas por celebridades, entre elas Jennifer Aniston e Gwyneth Paltrow.

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A promoção foi acusada por seus rivais de ser agressiva e, embora Riseborough tenha mantido sua indicação, a Academia de Hollywood anunciou que alguns pontos do regulamento seriam esclarecidos para garantir um concurso justo.

A organização anunciou ainda que, a partir do próximo ano, a categoria de melhor filme terá de cumprir o regulamento de inclusão que entrará em vigor na próxima edição, que foi aprovado em 2020.

Além disso, na categoria de melhor filme internacional, a comissão de seleção de cada país deve ser composta por pelo 50% de realizadores (artistas e/ou cineastas), enquanto a categoria de melhor curta-metragem pode ser votada por todos os membros da Academia que quiserem participar.

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