LOS ANGELES - Embora tenha moldado sua carreira dando vida a homens elegantes e sedutores, como James Bond, o ator irlandês Pierce Brosnan, que estreia no thriller O Estrangeiro junto de Jackie Chan, disse à EFE que os vilões são os personagens mais vistosos. “Creio que os maus são os melhores de se interpretar. Quando eu era James Bond, dava um passo atrás para observar os atores que se divertiam muito ao redor de Bond. Os vilões são definitivamente os personagens mais vistosos”, afirmou. “Às vezes, ser bonzinho é entediante”, disse o intérprete que teve a sombra do agente 007 acompanhando-o na maior parte de sua trajetória.
Com Brosnan e Chan como principais incentivos, O Estrangeiro chega aos cinemas dos EUA sob a direção de Martin Campbell, de 007 Contra GoldenEye (1995) e 007 – Cassino Royale (2006) e outros filmes como A Máscara do Zorro (1998).
Inspirado no romance The Chinaman, de Stephen Leather, o suspense está centrado em Quan (Chan), dono de um restaurante em Londres que perde a filha em atentado terrorista. Quan exige das autoridades que lhe informem o nome dos assassinos e assim cruza seu caminho com o de Liam Hennessy (Brosnan), um ex-integrante do IRA (Exército Republicano Irlandês) que agora é vice-ministro na Irlanda.
Vingança, justiça, segredos do passado, família e violência são alguns dos temas de O Estrangeiro e Brosnan falou sobre os labirintos pelos quais transita seu personagem, criado nas ruas de Belfast, que depois vai para os gabinetes do poder. “É fascinante que ele entre para a política. É um homem pego no conflito, que quer a paz.”
Fiel à sua imagem de gentleman, Brosnan garantiu que ir ao set de O Estrangeiro era “um prazer diário”. “Sou fã da obra de Jackie. Admiro suas habilidades, seus trabalhos de acrobacia e a coragem e a disciplina necessárias para isso”, afirmou. No entanto, o ator garantiu que o público vai se surpreender com a interpretação de Chan, pois ele “abordou as complexidades” de seu atormentado papel. “Estou gostando muito disso. É genial ser protagonista, é genial ser secundário, é genial ter uma pequena participação, é genial ser ator”, finaliza. / TRADUÇÃO DE CLAUDIA BOZZO
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