Fãs da atriz Ana de Armas saíram de mãos abanando de um processo de US$ 5 milhões contra a Universal Studios em que pediam reparação por “propaganda enganosa” por causa de um trailer de filme. A ação que eles moveram foi rejeitado pelo mesmo juiz que havia aceito a petição anteriormente. As informações são do The Guardian.
Tudo começou quando Peter Michael Rosza, de San Diego, e Conor Woulfe, de Maryland, ajuizaram uma ação coletiva em 2022 dizendo terem pago US$ 3,99 cada para assistir Yesterday - A Trilha do Sucesso no Amazon Prime Video e descobrirem que Ana de Armas não estava no filme, mesmo tendo aparecido em um trailer da produção.
Os requerentes alegaram danos por não “receberem o filme prometido”, enquandrando portanto a peça publicitária como propaganda enganosa, enriquecimento ilícito e concorrência desleal. A princípio, o juiz distrital Stephen Wilson aceitou o processo declarando que trailers eram discurso comercial, sujeitos às leis de publicidade honesta - à revelia do argumento do estúdio de que o vídeo era protegido pela liberdade de expressão.
Entretanto, o mesmo juiz voltou atrás, e despachou no último dia 28 de agosto, concordando com a Universal, que o caso era uma “lesão autoinfligida”. Woulfe revelou em uma adição ao processo que alugou novamente a comédia romântica este ano, agora no Google Play.
A justificativa seria de solicitar novas “deturpações no Google”, já que a atriz segue listada como parte do elenco em resultados de pesquisa. Wilson julgou que “não é plausível” o requerente esperar versões diferentes do filme por estarem em plataformas de streaming diversas.
Ana de Armas foi originalmente escalada para viver um affair com o protagonista, Jack Malik, interpretado por Himesh Patel. Mas foi cortada após exibições-teste da produção dirigida por Danny Boyle e escrita por Richard Curtis.
Na trama, o cantor e compositor Jack Malik sofre um acidente e acorda em um mundo onde ninguém mais além dele lembra da existência dos Beatles. Ele então vê a oportunidade de virar uma superestrela da música usando as canções dos ídolos.
Até o fechamento deste texto, a Universal ainda não havia respondido a pedido de comentário do The Guardian.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.