‘Titanic’ volta às salas de cinema em versão 3D para comemorar 25 anos

Longa de James Cameron é o terceiro filme mais visto da história e retorna para concorrer novamente com outra produção assinada pelo diretor

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Foto do author Daniel Silveira
Atualização:

“Ir ao cinema é uma questão de compromisso”, diz James Cameron, diretor de três dos quatro filmes com as maiores bilheterias do mundo: Avatar (1.º), Titanic (3.º) e Avatar: O Caminho da Água (4.º). O diretor conversou com jornalistas em uma entrevista coletiva que contou com a presença de do Estadão, no início da noite desta quinta-feira, 2.

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Ao lado do produtor Jon Landau, com quem trabalha há mais ou menos 30 anos, o diretor falou sobre o relançamento de um de seus maiores sucessos, Titanic, que volta aos cinemas a partir da próxima semana, em comemoração aos 25 anos de lançamento em uma versão 3D 4K HDR remasterizada. “Não é uma questão de ter a tela maior”, continua o diretor, tentando explicar o que faz as pessoas optarem por ver filmes nos cinemas em vez de ficar em casa, assistindo pela televisão.

“(Quando você vai ao cinema) você escolhe, pega seu carro, compra os ingressos e entra na sala”, continua, comparando com a opção mais simples de sentar num sofá e escolher diante de um catálogo de uma plataforma influenciado por algoritmos.

Clássico da década de 1990, o romance fictício de Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet) durante a fatídica primeira viagem do famoso navio britânico que colidiu com um iceberg e afundou no oceano Atlântico marcou o cinema. Foto: 20th Century Fox

Além disso, Cameron defende que ir ao cinema também é uma opção por compartilhar o momento. “Eu tenho quatro filhos, é muito difícil juntar todo mundo para ver um filme em casa”, brinca o diretor, sendo mais claro ainda com os motivos que levam a escolher as salas.

O diretor fala com propriedade de quem tem experiência em fazer as pessoas saírem de suas casas para assistir a seus filmes. Não por acaso, duas produções assinadas por ele disputam um lugar no pódio entre as bilheterias. Uma batalha que pode ficar mais acirrada com o retorno de Titanic às salas. Avatar: O Caminho da Água, que estreou em dezembro, está na sua oitava semana de exibição no Brasil e tenta tirar o bronze do filme sobre o amor proibido de Rose (Kate Winslet) e Jack (Leonardo DiCaprio) no navio transatlântico que afunda após bater um iceberg.

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Para Cameron, não importa, inclusive, quanto tempo as pessoas ficarão na sala para ver um filme, elas irão. “A gente destruiu um mito de que as pessoas não veriam filmes longos, eles podem fazer dinheiro”, conta. Coincidentemente, seus três filmes de maior sucesso também são grandes filmes, em questão de tempo: o mais curto deles é Avatar, que tem pouco mais de 160 minutos de duração. Titanic e a sequência de Avatar possuem cerca de três horas de duração, cada.

Uma história de amor e empoderamento

Quando Titanic estreou, 25 anos atrás, a história de amor entre o casal principal levou muitas pessoas às lágrimas, principalmente porque um dos protagonistas morre depois de ajudar a salvar sua amada. (Spoiler de filme lançado há um quarto de século não pode ser considerado spoiler.) Cameron lembra que seu filme é quase um Romeu e Julieta dentro de um navio.

Para além do amor entre os protagonistas, ele defende que o longa também é um filme sobre como uma mulher se empodera depois de se dar conta de sua vida e conhecer um mundo diferente do seu. Rose sai viva e empoderada de sua jornada. Ela sai da Inglaterra como uma mulher submissa e chega à América renegando seu passado e dando vida a uma nova mulher.

Mas será que Cameron faria algo diferente se Titanic fosse lançado em 2023 em vez de 1998? Não. “Filmaríamos o mesmo roteiro, exatamente”, conta. Talvez o longa chegasse às salas de cinema em 3D, da mesma forma que chegará na próxima semana, e durante a produção o diretor optasse por usar mais computação gráfica do que usou, como fez em Avatar e em sua sequência, e isso seriam as únicas diferenças se a estreia fosse hoje.

Qualidade digna de Oscar

Titanic surpreendeu, em 1998, por sua qualidade técnica e efeitos especiais, pelo qual ganhou Oscar. Além disso, outras 10 estatuetas foram para ele na premiação daquele ano, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Cameron) e Melhor Atriz (Winslet). DiCaprio não chegou a receber indicação. O longa também levou para casa o Oscar de Melhor Canção Original, My Heart Will Go On, interpretada por Céline Dion, que também se tornou um marco da insdústria fonográfica. Durante o auge da fama, algumas rádios reproduziam a músicas com pedaços de diálogos dos personagens.

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A partir do dia 9 de fevereiro, fãs do filme vão poder rever a luta de Jack e Rose pela sobrevivência novamente na tela grande, dessa vez com tecnologia 3D. E os mais novos, que ainda não tiveram a oportunidade vão poder experimentar, pela primeira vez, mergulhar nesta história e tirar suas próprias conclusões sobre se Jack cabia ou não naquela porta.

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