Tribunal australiano confirma indenização recorde para Geoffrey Rush por difamação

Valor de 2,9 milhões de dólares australianos leva em consideração a perda de renda que o caso provocou ao ator, que foi acusado de assédio sexual pela atriz atriz Eryn Jean Norvill

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Por Redação

Um tribunal australiano confirmou nesta quinta-feira que o Daily Telegraph, um tabloide de Sydney, terá que pagar ao ator australiano Geoffrey Rush a quantia recorde de 2,9 milhões de dólares australianos (US$ 2,03 milhões) por um caso de difamação.

O Daily Telegraph, que pertence ao grupo News Corp, do empresário Rupert Murdoch, publicou em sua primeira página em uma edição de 2017 que a Sydney Theatre Company havia recebido uma queixa da atriz Eryn Jean Norvill, que acusava Rush de toques inapropriados durante uma produção de King Lear.

O ator Geoffrey Rush Foto: Nathaniel Wood/The New York Times

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Um juiz de Sydney considerou em abril de 2019 que o jornal havia publicado um "artigo sensacionalista, imprudente e irresponsável".

O magistrado Michael Wigney afirmou, ao ler o artigo, pessoas razoáveis concluíram que o ator era um "perverso", com base em informações em sua maioria não contestadas.

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Geoffrey Rush, que venceu o Oscar em 1997 por Shine - Brilhante e um Emmy em 2017 por Genius, obteve no julgamento a decisão para que o Daily Telegraph pague 2,9 milhões de dólares australianos, uma quantia que leva em consideração a perda de renda que o caso provocou ao ator.

O jornal The Age afirma esta é a maior indenização já definida para uma pessoa na Austrália.

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