'Velozes e Furiosos': Resumos de todos os filmes

Série começou bem, teve alguns percalços mas se consolidou como sucesso global; veja os resumos dos filmes até aqui

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Mudou muito o conceito desde o primeiro filme – Velozes e Furiosos, de 2001. Quando Rob Cohen baseou-se num artigo, Racer X, da revista Vibe, escrito pelo jornalista Ken Li, a ideia era colocar na tela a cultura das corridas ilegais urbanas, os rachas. Hollywoodianamente, o espectador entrava nesse mundo através do policial disfarçado O'Conner/Paul Walker, que se infiltrava na gangue de Dominic Toretto/Vin Diesel, suspeita de utilizar carros de alta performance para assaltos a caminhões que transportam equipamentos eletrônicos de última geração.

Com o tempo, as coisas foram mudando. O'Conner passou a ser perseguido, como Toretto, viraram amigos, mais que isso, parceiros, integrando o mesmo bando. Tornaram-se heróis – um pouco como Rambo, outro que foi mudando – e, com a morte precoce de Paul Walker, o ator, não o personagem, Toretto ficou sozinho, a trama agregou novos personagens (Hobbs e Shaw) e, atualmente, tal como super-heróis, são salvadores da humanidade. Vale lembrar um pouco essa trajetória até o primeiro spin-off da série Velozes e Furiosos, Hobbs & Shaw, com Dwaynne Johnson e Jason Statham, em cartaz nos cinemas brasileiros.

Série começou bem, teve alguns percalços mas se consolidou como sucesso global; veja os resumos dos filmes até aqui Foto:

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Velozes e Furiosos (2001), de Rob Cohen

Nada indicava que seria uma super-série. O primeiro filme, de Rob Cohen, custou US$ 38 milhões, faturou US$ 201 milhões mundialmente. Um sucesso, mas nada astronômico. No Brasil fez 548 mil espectadores, nada que se compare aos quase 10 milhões do 7. Desde esse primeiro filme, a gangue de Toretto é multigênero e multirracial. Toretto tem a irmã Mia/Jordana Brewster, por quem O'Conner se apaixona – e, por isso, em vez de prender, une-se ao cunhado –, outros integrantes são negros, tem outra gangue de asiáticos. O multiculturalismo dá o tom. O curioso é que o diretor confiava mais no megassucesso de Triplo X, que fez em 2002, também com Vin Diesel (e Asia Argento), mas o filme não explodiu. Cohen quer agora voltar à série, para o próximo Velozes.

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Mais Velozes, Mais Furiosos (2003), de John Singleton

Passaram-se dois anos e O'Conner, agora sem Toretto, infiltra-se em outra gangue, de Miami, para tentar indiciar criminoso ligado ao tráfico. Auxiliam-no o amigo Roman Pearce/Tyrese Gibson, que ficará integrado aos demais filmes, e a agente Eva Mendes. Na perseguição final, carro contra lancha, O'Conner faz um movimento espetacular e o carro voa sobre as águas para 'aterrissar' com tudo na super-lancha do bandido. O diretor Singleton, de Os Donos da Rua, trouxe para a série a urgência das questões negras e sociais. Mas a crítica não gostou muito – o filme foi indicado à Framboesa de Ouro em duas categorias, pior refilmagem e pior desculpa para fazer um filme. Mas também foi indicado ao Grammy de melhor canção, Act a Fool, por Ludacris.

Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio (2006), de Justin Lin

No terceiro filme da série, nada de Paul Walker, mas Vin Diesel faz uma participação. O elenco é outro – Lukas Black, Bow Wow, etc – e, como o título informa, a ação transfere-se para o Japão. O desafio é em Tóquio, de olho no público asiático e as melhores críticas vieram de lá. No Brasil, o 1, já assinalado, e 3, com pouco mais de 700 mil espectadores, fizeram o menor público. Causou escândalo quando foi divulgado que o carro principal, o Mustang, com o motor RB26DET, foi dublado pelo V8 nas cenas de ação.

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Velozes e Furiosos 4 (2009), de Justin Lin

Justin Lin, que dirigira o 3, permaneceu a bordo como diretor e voltaram Paul Walker e Vin Diesel – juntos e unidos. Toretto, que havia se baseado na República Dominicana, caça o assassino da mulher, O' Conner, reintegrado à polícia, caça traficante e o objeto das caçadas de ambos pode ser – é – o mesmo homem. A mudança de rumo torna-se flagrante. O filme sai das corridas clandestinas, sem abrir mão delas totalmente, e adota o tom investigativo/policial. No Brasil, a bilheteria saltou para 2,3 milhões de espectadores. Preste atenção nas mulheres. Aquela ali, meio objeto no filme, é Gal Gadot, antes de virar a poderosa Mulher-Maravilha.

Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio (2011), de Justin Lin

Fast Five. Dom Toretto, Mia e O'Conner, ou seja, Vin Diesel, Jordana Brewster e Paul Walker. O trio planeja roubo de US$ 100 milhões contra o vilão Hernan Reyes, interpretado por Joaquim de Almeida, que comanda seu império de corrupção a partir do prédio da Petrobras, no Rio. O edifício foi escolhido por sua arquitetura, ou a produção já sabia de coisas, antes da Lava-Jato? Entra em cena Dwayne Johnson, como Hobbs, Ludacris agora faz parte do bando (como Tej Parker), mas as espetaculares corridas, supostamente passadas no Brasil, foram filmadas em San Juan, Porto Rico. O título, de qualquer maneira, atraiu mais público – 3,6 milhões de espectadores no Brasil.

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Velozes e Furiosos 6 (2013), de Justin Lin

Com Justin Lin de novo no comando, a equipe de Dom Toretto espalhou-se pelo mundo, mas ele reúne o grupo em Londres, onde reaparece Letty, sua mulher, interpretada por Michelle Rodriguez, que parecia ter morrido no 3. O filme arrecadou quase US$ 800 milhões e foi o maior sucesso da franquia, até então. No Brasil, faturou 4,5 milhões de espectadores. Dwayne Johnson e Jason Statham, como Hobbs e Shaw, em campos opostos, passam o filme brigando, como cão e gato.

Velozes e Furiosos 7 (2015), de James Wan

Com troca de diretores, a ação retrocede para depois de Desafio em Tóquio e também se passa em Londres. Os heróis estão cansados, Toretto parece que vai se acalmar e tem uma bela despedida de O'Conner. Na verdade, Paul Walker havia morrido num acidente de carro e a produção foi finalizada com um dublê (o irmão do ator) e correção digital. A morte chamou a atenção do público e o filme faturou US$ 1,5 bilhão. No Brasil, foram 9,858 milhões de espectadores.

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Velozes e Furiosos 8 (2017), de F. Gary Gray

Brian e Mia se aposentaram e saíram de cena, a equipe foi exonerada e Dom e Letty, de novo 'in love', estão curtindo a lua de mel quando entra em cena... Cypher! Interpretada por Charlize Theron, ela traz Toretto de volta ao mundo da velocidade e do crime, mas agora, e de vez, num clima futurista de ficção científica que vai permanecer no spin-off com Hobbs e Shaw, Dwayne Johnson e Jason Statham, que estão presentes na trama – e brigando, como sempre, um pouco por terem estado sempre em campos opostos, mas principalmente por uma questão de temperamento. Kurt Russell também aparece, como Mr. Nobody. Em clima sentimental, Toretto chama o filho (da ficção) de Brian, em homenagem ao personagem do amigo Paul Walker, mas o que caracteriza a aventura é o espírito de autroparódia e absurdo. No Brasil foram 8,4 milhões de espectadores.

Velozes e Furiosos 9

Com Justin Lin de volta ao comando, o próximo filme vem aí, e com previsão de estreia no ano que vem. Vin Diesel anuncia – Dwayne Johnson ganha um Fast and Furious para chamar de seu.

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