As novas nomeações do governo federal na área da cultura, nesta segunda-feira, 2, causaram uma reação do setor nas redes sociais e também de políticos, a maioria deles criticando os novos diretores.
O maestro Dante Mantovani, de 35 anos, foi nomeado como novo presidente da Funarte. Mantovani mantém um canal no YouTube, em que faz vídeos sobre música e responde a perguntas de seus seguidores. Em um dos vídeos, ele diz que o "rock ativa as drogas, que ativam o sexo livre, que ativa a indústria do aborto, que ativa o satanismo".
Rafael Nogueira, nomeado para a Biblioteca Nacional, diz ser “professor de filosofia, história, teoria política e literatura, aspirante a filósofo e a polímata”, e se identifica com os valores de Olavo de Carvalho e se diz a favor da monarquia.
As mudanças promovidas pelo recém-nomeado secretário de Cultura, Roberto Alvim, geraram reclamações, na semana passada, inclusive de deputados governistas, por conta dos indicados políticos tinham sido demitidos.
Veja algumas das reações de artistas e políticos nas redes sociais:
- Rogério Flausino (cantor):
- Leoni (cantor e compositor):
- Michel Melamed (ator):
- Felipe Andreoli (da banda Angra):
Roger Moreira (do Ultraje a Rigor):
Lobão (cantor e compositor, via retweet):
Roberto Freire (ex-ministro da Cultura):
José de Abreu (ator):
Renan Calheiros (senador, MDB/AL):
Carlos Minc (geógrafo e deputado estadual pelo PSB/RJ):
Randolfe Rodrigues (senador, Rede/AP):
Marcelo Freixo (deputado federal, PSOL/RJ):
Heni Ozi Cukier (deputado estadual, Novo/SP):
As nomeações fazem parte de uma série de trocas promovidas pelo novo secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, para quem Bolsonaro afirma ter dado total liberdade para montar a sua equipe.
Na semana passada, Alvim nomeou Sergio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Palmares, que já afirmou nas redes sociais existir um "racismo nutella" no Brasil e que a escravidão foi "benéfica para os descendentes".
Alvim afirma que só irá falar à imprensa sobre trocas na cultura após finalizar as nomeações. Antes da sua nomeação como secretário especial, Alvim falava em montar uma "máquina de guerra cultural".
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