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Agenda de carbono pós-pandemia está em debate

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Emerson Kapaz. Foto: Arquivo pessoal

O Brasil "pode se transformar numa potência mundial se souber aproveitar e valorizar os recursos oferecidos pelo modelo carbono neutro". E por isso mesmo "é urgente que esses temas estejam na pauta dos líderes dos partidos e da sociedade civil organizada". Essa "palavra de ordem" vem se espalhando a cada dia entre empresários, estudiosos e ativistas - e a partir dela figuras como o executivo Emerson Kapaz (na foto), Marina Grossi, Matias Spektor, João Paulo Capobianco e André Guimarães, entre outros, se uniram para debater e criar uma "Nova Agenda Ambiental, Econômica e Social para o Brasil".

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O ponto de partida será uma pesquisa inédita feita pela FGV- São Paulo sobre "meio ambiente e a cabeça do brasileiro", a ser divulgada em um seminário no dia 11 de abril, no Museu da Casa Brasileira, nos Jardins. Vai ser "o primeiro estudo sistemático a respeito das crenças do brasileiro sobre mudança de clima", diz Emerson Kapaz à coluna.

E sua meta prática será "apontar caminhos para futuras ações de mitigação e adaptação", enfatizando "as implicações mais relevantes para o sistema político". Secretário de Ciência e Tecnologia do governo paulista nos anos 90, deputado federal e relator de leis sobre as S.A. e sobre resíduos sólidos, Kapaz foi diretor da GDSolar, que implantou usinas solares por todo o País. Hoje atua na Alek Consultoria Empresarial.

Como um dos coordenadores da iniciativa, ele tem o apoio da TV Cultura, que transmitirá o evento, e de grupos como o Cebds (Centro Empresarial Brasileiro pelo Desenvolvimento Sustentável) e do Global Council for Sustainebility Marketing). O Cebds reúne mais de 80 grupos empresariais que juntos respondem por 47% do PIB. Entre seus associados estão 13 das 15 companhias com maior valor de mercado.

Ou seja, a causa ambiental, como ressalta Kapaz, tem hoje de seu lado uma fatia respeitável do empresariado nacional: "É a voz do setor empresarial na vanguarda do setor da sustentabilidade". Não por acaso, acrescenta, a Cebds foi "a primeira instituição brasileira a falar nos três pilares da ESG - o econômico, o social e o ambiental".

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Um dos pontos altos do encontro será a presença da vice-presidente do Banco Mundial, Minouche Shafic. Defensora de um "novo contrato social" para países e organizações, ela participará do debate de encerramento, cujo tema será "Como construir um novo modelo de contrato social pós-pandemia". l

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