+ Conhecido por títulos marcados por histórias privadas, complexas mulheres protagonistas e forte presença de personagens gays e transexuais, Pedro Almodóvar adota, em seu novo Dor e Glória, uma narrativa bem mais sutil que as anteriores - mas não menos pessoal.
Diretor de 'Tudo Sobre Minha Mãe' (1999), 'Má Educação' (2004) e 'A Pele que Habito' (2011), o espanhol trabalhou novamente com o ator Antonio Banderas, que assume o papel de Salvador Mallo.
Cineasta atormentado por uma série de problemas de saúde e pela carreira em declínio, ele passa a relembrar momentos emblemáticos da infância, na década de 1960. São cenas dispostas em intervalos, flashbacks que ajudam a explicar a indisposição atual de Salvador - tanto as físicas como as emocionais.
Trinta anos após a estreia de 'Sabor', um de seus filmes mais aclamados, o homem é convidado a participar de uma exibição especial da obra, agora considerada um ícone 'cult'.
Frustrado com a performance do protagonista na época do lançamento, o diretor decide solucionar o desentendimento que teve com o ator, Alberto Crespo (Asier Etxeandia), com quem não conversava desde então.
A iniciativa o introduz a outras reconciliações, inclusive consigo mesmo, e reaviva memórias de sua mãe, interpretada por Penélope Cruz. Momentos íntimos que revelam, aos poucos, do que é feita a personalidade e os sofrimentos do personagem. Humberto Abdo
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