Elizangela atuou no filme Oficina do Diabo, que terá lançamento póstumo à sua morte, com previsão para maio de 2024. A atriz morreu nesta sexta-feira, 3, aos 68 anos em Guapimirim, no Estado do Rio de Janeiro. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória.
A atriz somou mais de 50 papéis na televisão e no cinema. Nos últimos anos, ela se afastou da televisão. Mas ela participou de Oficina do Diabo, filme feito pela empresa Brasil Paralelo, cujas produções apresentam ideias conservadoras e de direita, que Elizangela também defendia. Veja o trailer acima.
Vozes de demônios
De acordo com a sinopse, “a história tem Pedro como protagonista, um jovem que sempre sonhou em ser um músico renomado. Após ter tido oportunidades na cidade grande, suas escolhas fizeram com que ele perdesse tudo, tendo que voltar a morar com a mãe”, interpretada por Elizangela.
A personagem de Elizangela “precisa encontrar uma forma de afastar o filho das más influências, ao mesmo tempo em que precisa lidar com seus traumas do passado”.
Ao longo do filme, Pedro começa a ouvir as vozes de dois demônios: Natan, que não é capaz de desvirtuá-lo completamente, e Fausto, mais experiente, chamado para reforçar o trabalho.
De acordo com a Brasil Paralelo, o visual dos dois demônios é inspirado em Cães de Aluguel. “No trailer é possível ver Natan, Fausto e outros demônios sempre muito bem vestidos e elegantes, trajando ternos pretos. A inspiração do visual veio do filme de Tarantino”, diz a produtora.
A história se passa em 1969, no interior do Paraná, em um ambiente religioso. Em um dos textos de apresentação do filme, a produtora destaca o fato de que ele acontece durante a ditadura militar, quando “grupos comunistas são identificados se articulando no interior do Paraná.”
Inicialmente, o filme foi divulgado como inspirado no livro Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, do escritor C. S. Lewis, o mesmo de As Crônicas de Nárnia. Mas depois essa menção deixou de ser feita no material de divulgação.
O filme é dirigido por Felipe Valerim e também tem Felipe Folgosi no elenco. Henrique Viana, CEO da Brasil Paralelo, disse ao site Tela Viva que o filme teve orçamento de R$ 4 milhões. Este é o primeiro longa de ficção da Brasil Paralelo.
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