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Escritores latino-americanos elogiam Amado

No Equador, México e em Cuba, escritores e poetas lamentam e enaltecem a literatura do escritor brasileiro Jorge Amado morto hoje, em Salvador

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Por Agencia Estado
Atualização:

Equador - O presidente da Casa da Cultura Equatoriana, o escritor Raúl Pérez Torres, disse em Quito que a morte do escritor brasileiro Jorge Amado deixa de luto toda a América Latina. "É uma notícia realmente trágica, porque todos seus livros contém uma filosofia que nasce do popular". E lamentou "dá tristeza constatar que, apesar dele ter recebido tantos prêmios significativos, não lhe concederam o Nobel de Literatura. Ele deveria ter recebido o Nobel muitos anos atrás, porque foi um dos escritores mais exuberantes, mais profundos de nossa América Latina". México - O escritor colombiano residente no México, Alvaro Mutis, lamentou hoje a morte de Jorge Amado e considerou que com ele se "vai um dos grandes prosadores do século 20". Ele disse que a morte do escritor brasileiro o toca profundamente, pois era um "amigo a quem ele queria muito, além de um romancista admirável". O escritor colombiano disse que a obra de Amado "tem a magia de fazer viver momentos aparentemente cotidianos da vida da Bahia, mas que depois nos damos conta de que são um retrato luminoso do destino humano". Havana - O poeta cubano Pablo Armando Fernández disse hoje ter perdido um "grande amigo e um dos grandes na nossa literatura do último século". Fernández, que é o Prêmio Nacional de Literatura de Cuba, recordou os tempos em que ambos foram jurados do concurso literário Cada de las Américas e disse que "sua obra é luminosa como seu ser e nos acompanhará nesta e em outras vidas".

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