O escritor e teólogo Frei Betto participa hoje, no Centro Cultural Itaú, em São Paulo, do evento Esquina da Palavra, programa permanente de debates organizado por Claudiney Ferreira. Com participação do jornalista e escritor Ricardo Kotscho, da ensaísta Adélia Bezerra de Meneses, do escritor e ensaísta Dionísio da Silva, e do poeta e editor Fernando Paixão, o Esquina desta segunda-feira comemora os 30 anos da profícua atividade literária de Betto (Carlos Alberto Libânio Christo). A entrada é franca. Mineiro de Belo Horizonte, o escritor destacou-se sempre como um dos maiores defensores dos direitos humanos no Brasil. Entre outras obras, foi autor de Batismo de Sangue, relato biográfico vencedor do Prêmio Jabuti de 1985. Nesse trabalho, relançado no ano passado com o acréscimo de trechos omitidos à época da primeira edição, Betto conta como foi a sua participação na guerrilha urbana, desnuda a história do líder da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, e apresenta um dossiê sobre Frei Tito, religioso revolucionário morto pelos órgãos públicos repressores. Autor de 48 livros, Frei Betto recebeu, além do Jabuti, o prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano em 1985. Seu livro de maior vendagem é Fidel e a Religião, um diálogo extenso com o líder da revolução cubana, no qual são abordados, entre outros temas, a oposição entre marxismo e espiritualidade e o avanço da igreja progressista na América Latina.
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