Estar numa exposição na Ford Foundation, em Nova York, representa muitas coisas para Mônica Ventura. No âmbito pessoal, ela pensa “na menina negra que cresceu na periferia de Embu das Artes e que entre, muitas adversidades, fez sua trajetória e conquistou um espaço dentro da cena artística institucional”, diz. Já no profissional, ela se orgulha de ter alcançado o feito sem intermediários - Mônica não tem galeria nem representação comercial.
“Essa exposição representa sonhar junto de outras mulheres fortalecendo uma rede que acredita na arte feita de forma viva e orgânica, ancestral e visceral, e eu levo para esse espaço institucional em NY narrativas que se assemelham a minha e um pouco da história de Acotirene, uma líder quilombola”, diz.
Na mostra americana, que vai até o dia 10 de agosto, a artista está com a obra O Sorriso de Acotirene. Em SP, ela participa de Talk na ArPa - que será realizada nos dias 26 a 30 de junho no Pacaembu - e da próxima edição de Nós: Arte e Ciência por Mulheres, no Sesc Interlagos, a partir de 22 de agosto.