A banda Melim está prestes a fazer o show de gravação de seu primeiro DVD no Vibra São Paulo neste sábado, 19. Os irmãos Diogo, Rodrigo e Gabriela Melim vão apresentar os sucessos do grupo. No repertório, as músicas “Quintal”, “Gelo” e “Meu Abrigo”. Esta última chegou a 1 bilhão de streams no Spotify com o refrão: “Você é a minha felicidade. Não vá dizer que eu não sou a sua cara metade. Meu amor, por favor, vem viver comigo. No seu colo é o meu abrigo”.
“A gente nunca tinha feito um DVD, então, vai ser um marco realmente esse dia. Será a realização de um sonho. Vamos passar pelos três álbuns”, conta Gabriela. No palco haverá um telão de LED veiculando elementos da natureza e outras imagens que dialogam com as canções da banda.
Diogo fala sobre sua expectativa: “Esses momentos acabam sendo nostálgicos. Eu tenho certeza que quando estivermos no palco vai passar um filme nas nossas cabeças, lembrando não só do começo da Melim, mas do sonho de ser músico e de ser cantor que começa para muita gente enquanto ainda é criança, né? E são muitos sentimentos e renúncias. Envolve muita insegurança durante toda a vida até você atingir um patamar em que se sente satisfeito”.
Eles nasceram no Rio de Janeiro. Cantam, compõem letras, tocam instrumentos e tentam dividir os holofotes na mesma proporção entre os três. Seus pais não eram músicos profissionais, mas ambos gostavam de cantar, e na família tinham instrumentistas. Gabriela começou a cantar em rodas de samba de raiz quando era adolescente, enquanto os irmãos tiveram influências diferentes, como rock e Racionais, além de uma passagem por uma banda de sertanejo.
Em 2015, eles montaram Melim com a pegada pop. Diogo conta que não criam as músicas pensando em conseguir um hit: “O sucesso acaba sendo uma consequência. Não tem como prever se vai agradar as pessoas”. Ele reconhece, porém, que é uma linguagem mais leve, uma poética simples: “A gente não usa elementos mais apelativos. Não falamos muito sobre coisas sexuais nem de desgraças de maneira escrachada, sempre de maneira poética. A nossa música não fala de bebida, por exemplo”. As letras trazem mensagens de positividade, amor, reflexão e consciência de si mesmo. Não à toa o público da banda, eles dizem, tem um perfil muito familiar, incluindo pais, mães, avós, crianças e adolescentes.
Trabalho e Família
Questionado sobre como é fazer arte entre irmãos, Diogo diz que a parte boa é não precisar se afastar da família para trabalhar. “Eu vejo que muitos artistas se perdem porque se envolvem demais no personagem ou então estão muito longe de casa, mudam de estado, fazem novas amizades, adquirem novos hábitos. E aí é como se fosse o início do fim, né? Então, como a gente é de uma família, damos um passo para trás e mantemos as raízes perto de nós. Acho que esse é o ponto mais positivo”. Por outro lado, Gabriela diz que é desafiador quando eles precisam tomar decisões importantes com muita urgência. “Quando um artista alcança um grande público, ele acaba sendo muito observado, né?”.
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