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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Já pensou em ir a um cinema de shopping com seu bichinho? Saiba como funciona a sessão; veja vídeo

Sessão no Morumbi Town tem som mais baixo que o normal, sala com algumas luzes acesas e latidos dos ‘espectadores’

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Em uma tarde fria de sábado (15) em São Paulo, um grupo diferente de espectadores de cinema se reuniu na entrada do Cinesystem, no shopping Morumbi Town. Acompanhados de seus donos, dezenas de cães esperavam - entre latidos e farejadas de reconhecimento dos outros cachorros - para ‘assistir’ a uma sessão especial do filme Elementos, da Pixar.

A cadela Paçoca, do casal Bruna e Pedro Albert, na sessão Cine Pets  Foto: FELIPE RAU

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Batizada de CinePets, a sessão de cinema ocorre uma vez por mês e permite que os donos levem seus animais para curtir um longa na tela grande. A entrada dos bichinhos não é cobrada e eles podem permanecer no colo do dono ou no chão.

“Nós ficamos sabendo da sessão pelo Instagram. Pra gente é legal porque a Paçoca tem ansiedade de separação. Aí é um programa que conseguimos trazer ela junto”, diz o casal Bruna e Pedro Albert, que levou sua a cachorra, Paçoca, pela primeira vez ao cinema.

Ao contrário do que se pode pensar, a entrada na sessão é bastante calma e a maioria dos animais não parecia marinheiro de primeira viagem mesmo em um ambiente diferente do que estão acostumados. Alguns cães entram no colo de seus donos e os de porte médio, como a cadela Filomena, que acompanhou a reportagem do Estadão, vão andando com guia.

Gabriela Siggia com Kate e Rocy  Foto: FELIPE RAU

Antes da sessão de Elementos começar, o cinema já fez todos os pais e mães de pet entrarem no clima canino e exibiu o curta O Encontro do Senhor Carl, que traz personagens do universo de Up-Altas Aventuras. Nele, o velhinho Carl se prepara para o seu primeiro encontro desde a morte de sua esposa, Ellie, e, ansioso, recebe a ajuda de seu cachorro Dug na empreitada. Nessa hora, muitos tutores aproveitam para registrar o momento com seus bichinhos e as selfies correm soltas. Alguns cães, como Filomena, prestam atenção na tela enquanto outros já aproveitam para tirar uma soneca.

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Era a terceira vez da professora de inglês Gabriela Siggia no CinePets. Ela, que levava os cãezinhos Kate e Rocky, também estava munida de uma mochila com apetrechos para seus cães, como potinhos para água e tapetinho higiênico. “Eu esqueci de trazer água e acabei de comprar uma aqui para eles. Os dois ficam super tranquilos e até cochilam”, conta.

Para evitar contratempos com os animais, a luz da sala de exibição não fica totalmente apagada e o som do filme é ligeiramente mais baixo do que em uma sessão normal.

Na foto Patricia Yoshida com seu filho, Vitor, e a cadela Luna  Foto: FELIPE RAU

“Ele fica bem comportado e não costuma latir, mas eu não ligo para os latidos dos cachorros. Quem vem nessa sessão gosta de cachorro e entende que não vai ser silêncio total”, diz a farmacêutica Patricia Yoshida que foi a sessão com sua cachorrinha Luna e o filho, Vitor.

De fato a sessão não é indicada para cinéfilos que não admitem barulho durante o filme. Latidos e até alguns uivos foram comuns durante a exibição e todo mundo - inclusive as muitas crianças que foram sem cachorro - encarou os ruídos caninos numa boa.

Filomena e a repórter Marcela Paes Foto: FELIPE RAU
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