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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

No comando de restaurantes premiados, casais de chefs realizam intercâmbio gastronômico

O casal de chefs baianos, Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, trocam receitas com Luana Sabino e Eduardo Nava Ortiz, do Metzi

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Foto do author Sofia Patsch
Atualização:

O casal de chefs baianos, Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, por trás do premiado restaurante Origem, de Salvador – único nordestino a figurar na seleta lista do Latin America’s 50 Best – recebeu outro casal de chefs premiados, Luana Sabino e Eduardo Nava Ortiz, do restaurante Metzi – na 27º posição da mesma lista e único mexicano da seleção, que fica em São Paulo – para um intercâmbio entre suas cozinhas. Luana, inclusive, é a chef mais nova a integrar a lista dos melhores. O resultado foi conferido por convidados em jantar, semana passada, na capital baiana. A repórter Sofia Patsch estava por lá e conversou com os chefs. Confira a seguir:

Luana Sabino e Eduardo Nava Ortiz:

Luana Sabino e Eduardo Nava Ortiz, do restaurante Metzi Crédito: Leonardo Freire 

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Como é ser a chef mais nova (26 anos) a integrar a lista 50 Best América Latina?

Luana: Não quero que a nova geração me veja como um espelho, de que com essa idade tem que ter essa responsabilidade, porque, querendo ou não, tive que crescer e amadurecer muito rápido, a vida me cobrou isso. Não reclamo de jeito nenhum, mas tem que estar muito preparado, o psicológico, principalmente.

Começou a cozinhar com que idade?

Luana: Sou de uma família de nordestinos e portugueses. Meu avô tem padaria, onde cresci trabalhando com pão. Na escola todo mundo falava que cozinha não era profissão, então comecei a cursar Biomedicina. Mas larguei com 19 anos e peguei a cozinha como profissão. Então, profissionalmente foi aos 19 anos, mas cozinho desde que me conheço por gente.

Como começou a parceria profissional de vocês?

Eduardo: Nos conhecemos trabalhando no restaurante mexicano Cosme, em Nova York. Começamos a namorar e a sonhar em abrir algo juntos. Lá eles usam a técnica mexicana, as receitas mexicanas, mas só com ingredientes locais e foi o que nos inspirou a abrir o Metzi em São Paulo.

Por que acham que entraram para a lista? Qual o diferencial?

Eduardo: A cozinha mexicana não tem tanta influência no Brasil como nos Estados Unidos, por exemplo. E acho que criamos um conceito novo, que não existia por aqui. Um restaurante mexicano com ingrediente locais brasileiros, que inclusive não existem no México. Acredito que esse seja nosso maior diferencial. E, lógico, também o apoio de muitas pessoas.

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Lisiane Arouca e Fabrício Lemos:

Os chefs Fabricio Lemos e Lisiane Arouca. FOTO Leonardo Freire 

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Por que acham que entraram para a lista? Qual o diferencial?

Lisiane: Colocamos amor em tudo o que fazemos. Desde o momento de recepção até a hora que o cliente vai embora ele consegue sentir muito do que acreditamos como gastronomia: amor e muita simplicidade no sabor.

Fabrício: Nosso nome é restaurante Origem, temos um respeito muito grande ao ingrediente, ao produto, à comida simples. Colocamos todos os sabores que acreditamos em nossa comida, não nos inspiramos em um restaurante estrelas Michelin, nada disso. Claro que estar numa lista como essa é bom, inclusive dá vida ao negócio, mas foi uma grande surpresa e já estamos vendo o resultado, o verão chegou, apesar de ser um restaurante local de Salvador, estamos recebendo um monte de turistas.

Como começou o Origem?

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Fabrício: Morei 14 anos nos EUA, comecei lavando prato até me formar chef na Le Cordon Bleu. Trabalhei em diversos restaurantes da rede de hotéis The Ritz-Carlton, onde acumulei experiência nas culinárias mediterrânea, italiana, francesa e espanhola. Voltei pro Brasil em 2010, comecei do zero de novo. Em 2016 eu e Lisiane, que é uma premiada chef pâtissier, abrimos o Origem. Juntos, ajudamos a profissionalizar a gastronomia baiana, não vou falar do zero não, do menos um. Hoje temos uma universidade de gastronomia colocando profissionais dentro desse mercado, existe uma outra visão – e agora até aqueles que ainda não tinham essa capacitação, buscaram ter.

Uma folia de carnaval em hotel de luxo

Para quem vai curtir o carnaval na cidade, o Rosewood SP preparou uma programação especial no restaurante Taraz: nos dias 18, 19 e 21 de fevereiro será realizado o evento “Me encontra atrás da igreja – esquenta de Carnaval Taraz”, que oferece um pacote de open bar. O menu custa R$250 + 10% de taxa de serviço.

Bloco de Notas

DEMOCRACIA. O livro Democracia Para Quem Não Acredita, do advogado Georges Abboud publicado pela ed. Letramento, está na lista de obras aprovadas pela Secretaria Municipal de Educação, de São Paulo, para aquisição e distribuição nas escolas municipais.

EDUCAÇÃO. O Instituto Brasil Solidário reuniu na última quinta cerca de 120 pessoas para comemorar a marca de 1 milhão de estudantes beneficiários do projeto dos jogos de educação financeira.

VELHAS VIRGENS. O Carnavelhas – bloco da banda de rock Velhas Virgens faz seu esquenta na Praça da República a partir das 11 horas de amanhã. No evento, o Velhas vai lançar a música Não Vai Prestar, um coco de embolada com a participação de Caju & Castanha.

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PATUÁ. A editora Patuá comemora seus 12 anos de existência com festa amanhã na Patuscada – na rua Luís Murat, 40 – Vila Madalena.

VIOLINISTA. No dia 14 de março, data de 35 anos da morte de Chico Mário (irmão do Henfil e do Betinho), dez musicistas das vão participar do 1º Prêmio Francisco Mário de Guitarra Popular que vai celebrar o violonista, em Buenos Aires. As inscrições são gratuitas e estão no site do Instituto Cultural Chico Mário (ICCM).

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