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Restart da adolescência volta aos palcos com integrantes trintões

Banda faz turnê de despedida em São Paulo

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Foto do author Paula Bonelli

Após hiato de oito anos, Restart está de volta, trazendo suas canções sobre descobertas do amor, primeiro beijo, términos, verão e diversão. “A banda marcou um momento muito expressivo das pessoas, que é a sua adolescência. Quando algo te marca na sua adolescência, é muito difícil que isso se apague”, afirma o vocalista Pedro Lucas Munhoz, o Pe Lu. Os outros integrantes do Restart são Pe Lanza, Koba e Thomas.

Restart Foto: Rodrigo Takesh

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Neste final de semana, a banda realizará shows no Espaço Unimed, em São Paulo, marcando o início de uma turnê de despedida. A previsão é que sejam realizadas cerca de 30 apresentações. Os integrantes se conheceram na escola em Taboão da Serra, e alcançaram o sucesso enquanto entravam na vida adulta, em 2010. Hoje, com os integrantes na faixa dos 30 anos, a afinidade no palco melhorou. “A gente está mais velho, né? A experiência trouxe um aperfeiçoamento dessa conexão e do que a gente fazia. Modéstia à parte, Restart sempre foi uma banda musicalmente boa para cacete ao vivo”, diz Pe Lu.

Além das canções, o grupo também é conhecido por seus figurinos extravagantes, cheio de cores, óculos e cabelos ao estilo emo. Essa estética visual acabou ficando na memória das pessoas. Pe Lu comenta que os figurinos sempre foram uma forma de expressar a verdade da banda e comunicar ao público. Ele destaca que bandas de rock, como Guns n’ Roses e Nirvana, também utilizaram desse recurso ao longo dos anos. Agora, eles buscam trazer essa identidade visual para a sua realidade atual. “Como eu posso usar uma calça colorida hoje?”, questiona o vocalista.

Pe Lu acredita que o Restart fez parte da história do rock nacional. Ele destaca que, quando a banda parou de tocar música, o pop rock, que foi dominante por muitos anos, perdeu espaço. “Acho que o Restart foi o último respiro do pop rock nacional. Quando paramos de tocar, o pop rock, que foi mainstream por muitos anos, caiu deste lugar. Nos anos 2000, foi muito forte com a geração Charlie Brown e O Rappa. Nos anos 80, temos o Barão Vermelho e os Paralamas do Sucesso. Depois, há um hiato de bandas nos anos 90. E o Restart, estamos falando de 2010. Fomos o último ciclo de grandes bandas de rock ‘n roll como dos anos 80.″

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