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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

“Serviço de altíssimo nível sem a empáfia de restaurantes chiques”, diz habitué do Marialva

Direto da Fonte começa a série ‘habitués’ para investigar o que faz alguém se tornar um frequentador assíduo de um restaurante ou bar

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Foto do author Gilberto Amendola

Habitués são frequentadores constantes e assíduos de um determinado lugar ou evento. Mas o que faz alguém escolher um restaurante como destino semanal ou mesmo diário? Qual o segredo para um ‘match’ tão perfeito?

A partir de agora, e quinzenalmente, a coluna Direto da Fonte irá trazer os habitués mais fiéis de restaurantes e bares da cidade de São Paulo.

Nossos primeiros habitués são Marco Antônio de Carvalho Eid, 69 anos; e Denise Martinho Eid, 65 anos. O casal costuma almoçar com bastante frequência em um simpático restaurante português do Jardins, o Marialva Cozinha Portuguesa.

Marco e Denise Eid no Restaurante Marialva Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Localizado na Rua Haddock Lobo, 955 (Jardim Paulista), o Marialva Cozinha Portuguesa se destaca pelo preparo do bacalhau em diversos estilos (Gomes de Sá, ao forno ou em lascas). O arroz de pato e as lagostas também estão entre os pratos mais pedidos. O menu executivo, nos dias da semana, sai por R$ 76 ou R$ 109 (com taça de vinho e água).

O Marialva Cozinha Portuguesa foi inaugurado em agosto de 2019. Após seis meses, o estabelecimento precisou fechar suas portas por conta da pandemia da covid-19. “Foi um período difícil, mas sobrevivemos e cá estamos para contar história e servir a melhor comida portuguesa com certeza”, diz Luciano Rodrigues da Silva, proprietário do Marialva.

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Prato do Marialva Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O nosso casal de habitués descobriu o restaurante por acaso. Ao passar pela rua, Marco ficou intrigado com o nome do restaurante - parecido com um que já havia visitado há muitos anos. Depois de descobrir que o nome era apenas uma coincidência, perguntou se podia levar o próprio vinho para o jantar. “Não cobraram rolha, foi uma gentileza. Achei aquilo uma cortesia muito bacana”, falou Marco.

“Viemos com um casal de primos para jantar. Foi uma grata surpresa. Começamos a voltar e a voltar. Nos sentimos muito em casa. O bacalhau deles é excelente, mas existem muitas opções”, disse Denise.

“Além da qualidade da comida, existe uma integração dos donos e garçons com os clientes. É um serviço de altíssimo nível sem a empáfia de restaurantes muito chiques. Aqui, a gente se sente como se fosse a extensão da nossa casa. O serviço é humano. Não é artificial. O atendimento é espontâneo. Já fizemos até amizades aqui no restaurante”, falou Marco.

A frequência do casal é tão grande que, segundo eles próprios, o cardápio já foi “gabaritado”. Ao menos uma vez por semana, o casal traz a mãe de Denise, Odair Martinho, de 89 anos - fã do bacalhau da casa.

Para o proprietário da casa, Luciano , o segredo para transformar clientes ocasionais em habitués é a união do bom atendimento com a qualidade da comida. “Ver um cliente voltar não tem preço. O casal já chegou a nos visitar três vezes em uma semana. Gosto muito quando os habitués se multiplicam e trazem amigos e familiares”, concluiu Silva.

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Luciano Rodrigues da Silva, proprietário do restaurante Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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