Uma das principais revelações e apostas do pop brasileiro nos últimos anos, o carioca Thiago Pantaleão, de 25 anos, quer levar as experiências LGBT+ para o funk brasileiro. “Nunca vi um cara falando da experiência dele com outro homem. Quero causar esse impacto e está na hora. Porque é algo natural, não tem nada de diferente do rapaz que canta para a menina.”
O carioca, que cresceu cantando nas igrejas de Paracambi, no interior da Baixada Fluminense, é capa da nova edição da revista Híbrida, que será lançada na próxima quarta-feira, 28, em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Na entrevista, ele fala sobre como conseguiu resgatar sua autoestima através da música: “Tive muitas experiências de conflito, em que precisei entender com uma visão maior o que estava realmente acontecendo. Durante anos, questionei a minha sexualidade, porque quem eu sou era considerado pecado ou errado”.
Autor de hits como “Mente pra mim” e “Desculpa por eu não te amar assim”, Thiago lançou seu primeiro disco, “Fim do mundo”, há menos de um ano. Nesse meio-tempo, já colaborou com nomes como Pabllo Vittar, Gloria Groove e Tiago Abravanel, além de conquistar fãs do naipe de IZA, Preta Gil, Marília Mendonça e Liniker. A produção do trabalho, que ganhou uma versão deluxe com quatro faixas extras no último mês, é assinada por Pablo Bispo, Ruxell, Lukinhas e Day Limns, mesmo time por trás de alguns dos maiores sucessos do pop nacional.
Com o sucesso (Thiago chegou ao Top 50 Virais do Spotify antes sequer de lançar o disco), veio também uma onda de críticas online sobre o trabalho do carioca. Mas Thiago diz não se incomodar: “Alguma pessoa que vai ler o comentário negativo, escutar minha música e gostar. Então, falem bem ou falem mal, mas falem de mim”.
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