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Vanessa da Mata fala sobre ‘aprendizado inusitado’ ao estrear como atriz

A cantora interpreta Clara Nunes em musical que entra em cartaz amanhã em São Paulo

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Foto do author Paula Bonelli

Vanessa da Mata apresenta o seu lado atriz hoje na pré-estreia do musical ‘Clara Nunes: A Tal Guerreira’, no Teatro Bravos, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A cantora fala dos desafios de atuar no teatro pela primeira vez: “Interpretar Clara Nunes tem sido um aprendizado inusitado em muitos aspectos. Estou acostumada a cantar para todos ouvirem, com todas as melodias. Mas falar no teatro, sem melodias, para a última pessoa da plateia ouvir é diferente; tem que falar para fora, e no dia a dia estou acostumada a falar para dentro”.

Vanessa da Mata com o diretor teatral Jorge Farjalla e o produtor Marcos Griesi Foto: Priscila Prade

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Além de desenvolver as suas habilidades teatrais, tem sido instigante para Vanessa cantar como Clara Nunes. “Ela tinha uma extensão vocal que ia do mais agudo ao mais grave e as melodias exigiam vibratos e técnicas que eram desafiantes para as cantoras mais experientes. Aprofundar na vida de Clara tem me ajudado a conhecer sobre minha ancestralidade e me permitir estar nesse lugar de mulher, de cantora e de atriz estreante”, completou. Além disso, ela dança samba, músicas de roda e pontos de candomblé, dividindo o palco com 30 artistas. O espetáculo estreia amanhã para o público em geral.

Compositora, sambista e intérprete, Clara Nunes tem um repertório que Vanessa define como “sensacional”. Ela entoou canções marcantes como como ‘O Mar Serenou’, ‘Morena de Angola‘ e ‘Conto de Areia’.

Pontapé inicial

Vanessa da Mata, o diretor teatral Jorge Farjalla e o produtor Marcos Griesi começaram a planejar o musical sobre Clara Nunes em encontros online durante a pandemia de covid-19. Eles tinham, então, acabado de se conhecer nos bastidores da peça o Mistério de Irmã Vap, quando Vanessa teve a ideia de propor uma parceria, até então improvável, para a criação de um musical que retratasse a vida e a obra de Clara.

A produção, com apoio da Petrobras, retrata a diversidade étnico-racial e a religiosidade de matriz africana que Clara declarou de forma pioneira naqueles anos 1970; à época, Vanessa era apenas uma criança.

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