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Opinião|Com tumor cerebral, violoncelista Antonio Meneses se afasta dos palcos

Segundo comunicado divulgado pela família, Antonio Meneses está atualmente recebendo cuidados paliativos em Basel, na Suíça, onde vive

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Foto do author João Luiz Sampaio

O violoncelista Antonio Meneses, de 63 anos, cancelou suas apresentações e seus compromissos como professor. O músico foi diagnosticado em junho com glioblastoma multiforme, uma forma agressiva de tumor cerebral, em estado já avançado. Segundo comunicado divulgado pela família, ele está atualmente recebendo cuidados paliativos em Basel, na Suíça, onde vive.

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Principal instrumentista brasileiro de cordas de sua geração, Meneses desenvolveu uma carreira de exceção na cena internacional, apresentando-se com maestros como Herbert von Karajan, Claudio Abbado e Zubin Mehta e estabelecendo grande trajetória como camerista ao lado de alguns dos principais músicos de sua geração.

Leia abaixo o comunicado oficial distribuído pela família:

"O violoncelista brasileiro Antonio Meneses, um dos principais músicos de sua geração, cancelou sua agenda de concertos e afastou-se de suas posições como professor. Ele foi diagnosticado em junho com Gliobastoma Multiforme, um tipo agressivo de tumor cerebral. Nascido no Recife e criado no Rio de Janeiro, Meneses é um dos mais célebres solistas e cameristas de sua geração. Após vencer os concursos de Munique e Tchaikovsky, ele iniciou uma carreira de sucesso que inclui a colaboração com algumas das mais importantes orquestras e maestros do mundo. Também integrou o Trio Beaux-Arts Trio e atuou, em duo, com músicos como os pianistas Menahem Pressler e Maria João Pires. Meneses está atualmente recebendo cuidados paliativos na Suíça, onde vive, ao lado de sua família e amigos, que têm sido importante fonte de conforto em momento tão difícil."

O violoncelista brasileiro Antonio Meneses. Foto: Marco Borggreve/Divulgação
Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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