A juíza do julgamento por difamação entre Johnny Depp e Amber Heard oficializou uma sentença na sexta-feira, 24, com uma ordem para que Heard pague a Depp o valor de US$ 10,35 milhões por danos à sua reputação por se descrever como uma vítima de abuso doméstico em uma peça editorial aberta escrita por ela.
A juíza Penney Azcarate entrou com uma ordem de julgamento nos autos do processo após uma breve audiência na Corte de Fairfax County. Ela também ordenou Depp a pagar US$ 2 milhões a Heard, a sentença do júri em sua reivindicação de que Heard foi difamada por um dos advogados de Depp. A ordem é uma formalidade após o júri ter anunciado seu veredicto em 1º de junho, bastante favorável a Depp, após um sensacional julgamento em que o casal revelou detalhes lúgubres de seu curto casamento em um julgamento televisionado que foi seguido de perto pelas redes sociais. Depp processou Heard por conta de um editorial escrito em dezembro de 2018 no The Washington Post em que se descrevia como uma "figura pública representante do abuso doméstico". O júri foi favorável a Depp em todas as suas três reclamações relacionadas a frases específicas do texto de 2018. O júri definiu que Depp deveria receber US$ 10 milhões por danos morais e US$ 5 milhões em indenização punitiva, mas o juiz reduziu este último para US$ 350 mil sob um limite estadual. Heard afirmou que planeja recorrer ao veredicto. Durante a audiência de sexta-feira, a juíza disse que, se Heard recorrer, ela deve pagar uma fiança no valor total dos US$ 10,35 milhões enquanto o recurso estiver pendente - uma prática comum. A ordem judicial afirma que as duas indenizações estão sujeitas a uma taxa de juros de 6% ao ano.
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