Kéfera Buchmann é condenada a pagar 25 mil reais de indenização a taxista

Após uma discussão com o taxista, a atriz e youtuber fez, em 2015, uma série de vídeos em que divulgou seu nome e número de telefone

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

A atriz e youtuber Kéfera Buchmann foi condenada, pela Justiça de São Paulo, a pagar uma indenização no valor de 25 mil reais por danos morais ao taxista Wladmir da Silva. A decisão foi tomada no final de outubro pelo juiz Jair de Souza, da 1ª Vara Cível de São Paulo. 

PUBLICIDADE

Em 2015, Kéfera entrou no táxi de Wladmir da Silva e os dois tiveram uma discussão. De acordo com o processo, o taxista afirma que a youtuber "abriu uma marmita" e, por conta do cheiro, para não incomodar outros passageiros e por possível piora de "problema de saúde que acusa ter", pediu para ela não se alimentar no carro. Kéfera teria se recusado. 

À época, a youtuber alegou, no entanto, que foi expulsa do carro e que a discussão começou porque ela pediu para o motorista reduzir a velocidade do veículo. Pela rede social Snapchat, Kéfera publicou vídeos em que mostra o rosto do taxista, divulga seu nome, placa do carro, número de telefone e ainda pede para seus seguidores denunciarem Silva para órgãos competentes. 

A youtuber, escritora e atriz Kéfera Buchmann Foto: Tiago Queiroz/Estadão

No processo, Wladmir relatou ter recebido mais de cinco mil ligações em seu telefone e ainda ameaças violentas, inclusive de morte. Por isso, o juiz Jair de Souza diz acreditar, em sua decisão, que a youtuber teve uma atitude "desproporcional" e com "inequívoca 'vingança privada'". 

"Basta atentar, como já enfatizado, que sua postura nas redes sociais foi diametralmente desproporcional à discussão travada com o requerente (principalmente quando mensuradas suas consequências)", afirma o juiz. 

O processo pedia indenização de 100 salários mínimos, mas Jair de Souza fixou a setença em 25 mil reais. "Sendo este o que melhor se adapta às circunstâncias do caso em tela, não proporcionando enriquecimento ilícito por parte do requerente, que acabou prejudicado não apenas em sua honra e imagem mas também em sua atividade profissional."

Além de Kéfera, que na época apagou os vídeos do Snapchat, o Google foi condenado a retirar do YouTube cópias destes vídeos públicados na plataforma. Até o momento, porém, as imagens ainda são facilmente encontradas no YouTube. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.