Ao ler publicações que tratam da história do rock brasileiro, Leo Jaime sente uma certa injustiça. Seu nome, diz ele, jamais é lembrando como uma das verdades que aconteceram ao mesmo tempo para que o País tivesse uma cena forte, comercial e roqueira no início dos anos 1980. O terceiro passageiro da série Na Variant fala sobre essa espécie de origem desconhecida do rock nacional citando um fato nunca mencionado em biografias, documentários ou livros de época. "Eu quase nunca ocupo um lugar relevante quando vejo livros de rock no Brasil. Nunca vi alguém retratando o Rock da Cachorra (de sua autoria, lançada por Eduardo Dussek em 1982) como a música que abriu as portas. Todos falam do Madame Satã, dos Ratos de Porão, e tudo isso é verdade, mas eram muitas verdades ao mesmo tempo. Só quando Dussek grava essa música, as gravadoras começam a chamar as bandas de rock como o Barão Vermelho e os Paralamas para conversar."
Leo fala ainda de sua experência como vencedor do quadro Dança dos Famosos, no Faustão. "Eu primeiro achei que poderia ser a piada, mas não fiz esse papel do gordinho engraçado." Ele diz que sentiu as portas começarem a se fechar à medida em que começou a ganhar peso. "Perdi trabalhos por causa disso... Sempre fui zoado, criticado, ofendido, a gordofobia é um fato. Vencer no Faustão foi importante por isso, aprendi a gostar de mim mesmo tendo um outro corpo."
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