FRANKFURT - A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron estarão na abertura da Feira do Livro de Frankfurt, no final da tarde de terça-feira, 10. Há tempos a cerimônia de abertura da maior feira do mercado editorial não era tão badalada – nem tão vigiada.
Macron vai por porque a França é o país convidado este ano, como o Brasil foi em 2013. A ideia é, sempre, apresentar a literatura feita num país ou região e incentivar a tradução de suas obras. A França não precisa muito disso.
Para o discurso de abertura, quando geralmente os países indicam seu autor mais internacional ou renomado, ela fez uma escolha diferente: convidou o escritor, ator e dramaturgo canadense de origem libanesa Wajdi Mouawad e a atriz francesa Judith Rosmair, e eles farão uma performance.
Entre quarta, 11, e domingo, 15, mais de 270 mil pessoas – 170 mil profissionais do livro – de 106 países vão circular pelos corredores da feira, se reunirão com agentes e editores estrangeiros na busca por um novo título para seu catálogo ou de um novo best-seller para respirarem aliviadas depois. No sábado e domingo, quando a feira é aberta ao público, os editores das grandes casas já estarão longe. Outros profissionais seguirão tentando fechar algum negócio.
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Criada em 1976, a Feira do Livro de Frankfurt se tornou o principal ponto de encontro do mercado editorial internacional. Ali, são vendidos direitos de livros e leilões são iniciados ou encerrados. Encontros com autores, sobretudo no pavilhão do país homenageado, também são destaques – e a França vai levar, entre outros, Michel Houellebecq, Emmanuel Carrère, Julia Kristeva, Jean-Marie Gustave Le Clézio e Atiq Rahimi.
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