A Academia Mineira de Letras anunciou sua mais nova imortal na quinta-feira, 15: Conceição Evaristo. A escritora, que tem no currículo obras como Ponciá Vicêncio, Olhos d’água e Insubmissas lágrimas de mulheres, vai ocupar a cadeira de nº 40, que teve como patrono Visconde de Caeté e, como última sucessora Maria José de Queiroz, que morreu em novembro 2023.
Evaristo disputou a vaga com outros cinco autores, e foi eleita com 30 votos entre os 34 votantes, segundo a instituição. Um dos nomes mais importantes da literatura contemporânea, Conceição Evaristo joga luz à perspectiva da mulher negra em um processo que ela chama “escrevivência”. A belo-horizontina nascida na favela de Pindura Saia, em 1946, teve seus livros traduzidos para o espanhol, inglês, árabe, francês, italiano e eslovaco.
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Sobre a mais nova imortal da Academia, o presidente da AML, Jacyntho Lins Brandão, disse: “A chegada de Conceição Evaristo à Academia Mineira de Letras, a par do reconhecimento de sua trajetória como professora, romancista e poeta, com justiça celebrada no Brasil e no exterior, tem também o sentido de impregnar esta casa com suas qualidades e história de vida.”
Brandão assumiu o posto em junho de 2023 e seu discurso teve como um dos tópicos a atenção à pluralidade de discursos na Academia Mineira. Em um estado que lançou nomes como Adélia Prado, Carolina Maria de Jesus e Carlos Drummond de Andrade, a missão também é apontar para a diversidade em um estado grande e, também, diverso. A posse mais recente, por exemplo, foi de Ailton Krenak, em março de 2023.
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