Conhecida por seus trabalhos sobre gênero, raça e classe, a autora feminista negra americana bell hooks morreu na quarta-feira, 15, aos 69 anos. A informação foi confirmada pela família.
Nascida Gloria Jean Watkins em 1952, bell hooks - seu pseudônimo, em letras minúsculas - faleceu na quarta-feira em sua casa em Kentucky, "rodeada de família e amigos", tuitou sua sobrinha Ebony Motley.
Sua família está "profundamente triste com o falecimento de nossa amada irmã em 15 de dezembro de 2021", diz um comunicado divulgado por Motley, sem especificar a causa da morte.
De acordo com a Berea College, de Kentucky, onde ela dava aula desde 2004, bell hooks faleceu "após uma longa doença".
Sob seu pseudônimo, adotado em homenagem a sua bisavó Bell Blair Hooks, a autora publicou seu primeiro livro de poemas em 1978, And There We Wept.
Em 1981, foi aclamada por Ain't I a Woman? Black Women and Feminism, no qual examinou o impacto do sexismo e do racismo nas mulheres negras, assim como o racismo dentro do feminismo. Defendia um movimento mais inclusivo.
Depois disso, publicou cerca de 40 obras, que passam pela poesia, ficção infantil, memórias e crítica literária, investigando não apenas feminismo, racismo e questões de justiça social, mas também o amor.
"Estou falando de um amor transformador, que nos desafia tanto em nossa vida privada quanto na cívica", disse ele à NPR em 2000. "Podemos amar de uma maneira profunda que transforma o mundo político em que vivemos";
Com inúmero prêmios e distinções ao longo de sua carreira, bell hooks obteve seu doutorado na University of California, Santa Cruz, em 1983, após se formar em Stanford. Foi nomeada para o Salão da Fama dos Escritores de Kentucky em 2018.
Suas palavras sobre o amor foram o foco de muitas homenagens que chegaram às redes sociais após seu falecimento.
Célebre pensadora, as obras dos bell hooks se tornaram leitura obrigatória em muitos cursos universitários, ganhando novos leitores em meio ao movimento Black Lives Matter pela justiça racial.
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