Escritora bell hooks morre aos 69 anos

Ativista dos movimentos negro e feminista, a autora americana ganhou protagonismo mundial por defender o direito à educação para os oprimidos

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Por Agências
Atualização:

Conhecida por seus trabalhos sobre gênero, raça e classe, a autora feminista negra americana bell hooks morreu na quarta-feira, 15, aos 69 anos. A informação foi confirmada pela família. 

Nascida Gloria Jean Watkins em 1952, bell hooks - seu pseudônimo, em letras minúsculas - faleceu na quarta-feira em sua casa em Kentucky, "rodeada de família e amigos", tuitou sua sobrinha Ebony Motley. 

A escritora e ativista bell hooksdurante palestra em 2014, nos EUA Foto: Shea Carmen Swan/ Editora Elefante

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Sua família está "profundamente triste com o falecimento de nossa amada irmã em 15 de dezembro de 2021", diz um comunicado divulgado por Motley, sem especificar a causa da morte. 

De acordo com a Berea College, de Kentucky, onde ela dava aula desde 2004, bell hooks faleceu "após uma longa doença". 

Sob seu pseudônimo, adotado em homenagem a sua bisavó Bell Blair Hooks, a autora publicou seu primeiro livro de poemas em 1978, And There We Wept

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Em 1981, foi aclamada por Ain't I a Woman? Black Women and Feminism, no qual examinou o impacto do sexismo e do racismo nas mulheres negras, assim como o racismo dentro do feminismo. Defendia um movimento mais inclusivo. 

Depois disso, publicou cerca de 40 obras, que passam pela poesia, ficção infantil, memórias e crítica literária, investigando não apenas feminismo, racismo e questões de justiça social, mas também o amor. 

"Estou falando de um amor transformador, que nos desafia tanto em nossa vida privada quanto na cívica", disse ele à NPR em 2000. "Podemos amar de uma maneira profunda que transforma o mundo político em que vivemos";

Com inúmero prêmios e distinções ao longo de sua carreira, bell hooks obteve seu doutorado na University of California, Santa Cruz, em 1983, após se formar em Stanford. Foi nomeada para o Salão da Fama dos Escritores de Kentucky em 2018. 

Suas palavras sobre o amor foram o foco de muitas homenagens que chegaram às redes sociais após seu falecimento. 

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Célebre pensadora, as obras dos bell hooks se tornaram leitura obrigatória em muitos cursos universitários, ganhando novos leitores em meio ao movimento Black Lives Matter pela justiça racial.

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