Faturamento do mercado editorial em livrarias cai no primeiro trimestre de 2015

Primeiro Painel das Vendas de Livros do Brasil divulgado pelo SNEL apontou um crescimento abaixo da inflação no período

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Atualização:

A crise que deve se confirmar no ano do mercado editorial brasileiro começa a dar as caras no primeiro Painel das Vendas de Livros do Brasil, apresentado nesta quarta-feira, 1, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pelo Instituto de Pesquisa Nielsen: no primeiro trimestre de 2015, a venda de livros em livrarias cresceu 1,6% em faturamento e 3% em volume em relação ao mesmo período de 2014. Os números, porém, ficam abaixo da inflação - de acordo com o Sindicato, houve uma queda real em faturamento de cerca de 5%.

Este é o primeiro comparativo divulgado pelo SNEL com base nas pesquisas da Nielsen, que coleta dados direto da “boca do caixa” de livrarias, supermercados e lojas online. O objetivo, segundo o Sindicato, é dar mais transparência à indústria editorial brasileira. O estudo deve ser divulgado mensalmente a partir de agora.

-5% é a porcentagem estimada pelo SNEL para o faturamento real do mercado no primeiro trimestre de 2015 em relação a 2014 Foto: Felipe Rau/Estadão

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“Diante das informações negativas que pautaram o primeiro trimestre da economia brasileira, o fato de que houve algum crescimento foi uma grata surpresa”, afirmou o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, em uma nota divulgada para a imprensa. 

O Painel leva em conta o valor desembolsado pelo consumidor na hora da compra e não o preço praticado pelas editoras - o número varia de acordo com descontos e outras vantagens de cada loja; esses dados podem ser fundamentais para a discussão da Lei do Preço Fixo, em trâmite no Senado. 

Outro dado que chamou atenção do Sindicato foi que o mercado brasileiro está muito concentrado. Dos 150 mil títulos comercializados, os 500 mais vendidos correspondem a 25% do faturamento total.

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