A vaga deixada pela escritora Nélida Piñon na Academia Brasileira de Letras ainda não está oficialmente aberta mas o nome da escritora e crítica literária Heloísa Buarque de Hollanda, de 83 anos, já desponta como um dos favoritos para sucedê-la.
Nélida morreu em Lisboa, em Portugal, no dia 17 de dezembro, aos 85 anos, em decorrência de problemas nas vias biliares. Seu corpo chegou ao Brasil na semana passada, quando foi velado e enterrado no mausoléu da ABL no cemitério São João Batista.
No dia 2 de março, a ABL realizará a cerimônia Sessão da Saudade em homenagem à autora em seu salão principal, data em que oficialmente a cadeira 30 será declarada vaga e a instituição aceitará candidatos.
Nélida foi a primeira mulher a presidir a ABL em 100 anos (1996-1997) e seu estilo aguerrido combina com o de Heloísa, grande nome do pensamento feminista brasileiro, responsável por coletâneas clássicas, como 26 Poetas Hoje, lançada nos anos 1970 e que deu visibilidade ao talento de nomes como Ana Cristina Cesar, Cacaso e Chacal.
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