Internado por covid-19, Mario Vargas Llosa 'evolui favoravelmente'

Álvaro, filho do escritor, atualizou estado de saúde em publicação nas redes sociais

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Por AFP

O Prêmio Nobel de Literatura hispânico-peruano Mario Vargas Llosa está internado em uma clínica de Madri por complicações relacionadas ao coronavírus e está "evoluindo favoravelmente", anunciou seu filho Álvaro Vargas Llosa no Twitter nesta sexta-feira, 22.

Mario Vargas Llosa discursa no Palácio Carondelet, em Quito. O escritor hispano-peruano foi eleito membro da Academia Francesa. Foto: RODRIGO BUENDIA / AFP

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"Há poucos dias, diante de algumas complicações relacionadas com a covid, foi internado numa clínica de Madri", escreveu o filho do escritor de 86 anos, especificando que "graças ao tratamento, o seu estado está a evoluir favoravelmente".

No início de abril, Vargas Llosa apresentou seu último livro, The Still Gaze (de Pérez Galdós), um ensaio sobre o escritor espanhol Benito Pérez Galdós.

“Ele e sua família agradecem os sinais de carinho que estamos recebendo e pedem à imprensa que respeite sua privacidade”, conclui a mensagem assinada por seus filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana.

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Prêmio Nobel de Literatura em 2010, Vargas Llosa é o último representante da geração de ouro da literatura latino-americana. Escritor universal baseado na complexa realidade peruana, Vargas Llosa fez parte do chamado 'boom' latino-americano junto com outros grandes nomes, como o colombiano Gabriel García Márquez, o argentino Julio Cortázar e os mexicanos Carlos Fuentes e Juan Rulfo.

Nascido na cidade de Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936 em uma família de classe média, foi educado por sua mãe e avós maternos em Cochabamba (Bolívia) e depois no Peru.

Sua longa carreira literária deslanchou em 1959, quando publicou seu primeiro livro de contos, Los Jefes, com o qual ganhou o Prêmio Leopoldo Alas. Mas foi com a publicação do romance 'A cidade e os cachorros', em 1963 que ganhou grande notoriedade, seguido três anos depois por A casa verde. Seu prestígio se consolidou com o romance Conversa na Catedral (1969).

Seguiram-se Pantaleón e os visitantes, Tia Julia e o escritor, A guerra no fim do mundo, Quem matou Palomino Molero?, Lituma nos Andes e O peixe no água (memórias de sua campanha eleitoral), O Partido da Cabra ou O Sonho do Celta, publicado pouco antes de receber o Prêmio Nobel.

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Vargas Llosa obteve a nacionalidade espanhola em 1993.

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