Jhumpa Lahiri, um dos principais nomes da ficção contemporânea, venceu ontem o DSC Prize for South Asian Literature e ganhou US$ 50 mil. Seu delicado romance Aguapés (Globo), lançado aqui em 2014 quando a autora participou da Festa Literária Internacional de Paraty, foi o escolhido entre as 75 obras inscritas – a condição era que os livros retratassem o sul da Ásia e seu povo.
O livro de Jhumpa Lahiri, filha de indianos nascida na Inglaterra, criada nos Estados Unidos e que vive na Itália, se passa entre Calcutá e Rhode Island e acompanha a trajetória de dois irmãos que foram muito próximos até que um deles se engaja em movimentos sociais e o outro vai estudar nos Estados Unidos. O enredo começa nos anos 1940 e segue até os dias de hoje, quando o peso das decisões do passado, e os segredos guardados desde então, continuam assombrando os personagens.
Autora também de Intérprete de Males, vencedor do Pulitzer em 2000, e de O Xará, ambos reeditados aqui em 2014, ela disse em entrevista ao Estado à época do lançamento de Aguapés que este deve ser seu último livro sobre imigração, deslocamento e contrastes culturais.
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