A Livraria Bandolim, que será aberta em breve em São Paulo, está fazendo sucesso antes mesmo de sua inauguração. O estabelecimento viralizou nas redes sociais por conta da faixa que colocou em sua fachada. “Em breve - Livraria Bandolim (Ufa! Não é outro Oxxo!!)”, diz o banner.
Uma foto do local foi compartilhada por um usuário do X na quarta-feira, 14. “Agora em SP, quando você vai abrir algo em uma esquina, você avisa que não é um Oxxo”, escreveu Rodrigo Ladeira. A publicação já alcançou mais de 1 milhão de visualizações e 14 mil curtidas na rede social.
A brincadeira faz referência à rápida expansão da rede de mercados. Até setembro de 2023, a Oxxo já havia alcançado 350 unidades em São Paulo e na região metropolitana em menos de três anos de atuação no Brasil, conforme reportagem do Estadão.
A empresa levou a situação com bom humor, respondendo à publicação dois dias depois com seu perfil oficial do X: “Já passa no Oxxo e pega um cafezinho para acompanhar a leitura.”
A Livraria Bandolim fica na Rua Conselheiro Brotero, 952, na região da Santa Cecilia, e tem previsão de abertura para o início de setembro. O projeto foi idealizado pelo músico (bandolinista, fazendo jus ao nome) Ronen Altaman, de 56 anos. Ele toca o empreendimento ao lado da sócia e amiga de infância Ana Maria Pupo, empresária de 52 anos.
O local está sendo reformado desde dezembro de 2023 e a faixa surgiu como uma brincadeira entre os amigos. “Quando você fala que vai abrir uma livraria, a primeira coisa que as pessoas falam é ‘aí, livraria?’ com um certo desânimo. Tipo, coitados, não vão ganhar dinheiro nunca. Depois, perguntam: ‘e vai ter um café?’. Numa dessas, eu respondi: ‘pelo menos não é um Oxxo’”, diz Pupo ao Estadão.
A piada surgiu com tamanha frequência que os dois resolveram colocar a frase na faixa. Os passantes já reparavam, brincavam e tiraram fotos, mas só depois de alguns dias que, por meio de uma amiga, Pupo e Altaman descobriram a publicação no X que havia viralizado.
Ela diz que a coisa foi espontânea, sem intenção de viralizar, mas que a atenção ajuda. “Traduz um pouco esse nosso tom, um pouco da nossa identidade, mas não foi uma jogada de marketing”, explica a sócia. “A ideia de abrir uma livraria de rua é retomar o comércio local de uma forma afetiva. Vender livros de qualidade. Nós que estamos tocando, não é uma franquia. Tem outro ritmo”, completa.
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