O escritor peruano Mario Vargas Llosa falou neste sábado, 3, sobre sua vocação literária e contou anedotas a mais de 200 presidiários no presídio de Valdemoro, nas redondezas de Madri.
O autor de Conversas no Catedral e de A Cidade e os Cachorros, entre outras obras, e que ganhou o Nobel de Literatura em 2010, fez uma palestra com o tema A Literatura e a Vida, em uma aula da ong Solidarios, informou a organização.
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“A leitura nos tira de nosso pequeno mundo e nos mostra outros espaços onde podemos comprovar que nós, seres humanos, temos mais coisas em comum do que diferentes”, destacou Vargas Llosa.
O escritor afirmou que “ler bons livros tem efeitos” sobre a visão que cada um tem do mundo e permite às pessoas “viver mais vidas dentro da vida”.
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Ele também contou que decidiu se dedicar à literatura “pelo extraordinário prazer” que os livros lhe deram desde que ele aprendeu a ler, aos cinco anos.
O Nobel explicou como surge um romance e o processo de trabalho “duro” que é escrever, e que pode levar anos.
"Um romance, no meu caso, sempre nasce de uma experiência vivida, de imagens que se conservaram em minha memória e são o embrião de minha história”, argumentou.
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Na hora das perguntas, os presidiários se interessaram em saber sobre sua relação com as editoras no começo de sua carreira e tinham algumas perguntas específicas sobre o livro A Festa do Bode.
Depois da conversa, muitos pediram autógrafos ao escritor.
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A visita de Vargas Llosa foi uma iniciativa de seu escritório espanhol, que quis doar livros aos presidiários e a ong aproveitou para convidá-lo para entregar pessoalmente as doações. O escritor doou 50 títulos que incluem sua obra em diferentes idiomas: castelhano, romano, húngaro, português, polonês, albanês e sérvio.
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