Há 100 anos, exatamente no dia 16 de agosto de 1923, nascia Milton Viola Fernandes, o Millôr Fernandes. Um dos mais renomados e afiados jornalistas brasileiros, Millôr, que morreu em 27 de março de 2012, aos 88 anos, foi também desenhista, dramaturgo, escritor, tradutor - sobretudo de Shakespeare - e colunista do Estadão (leia aqui suas colunas).
Millôr tinha um estilo coloquial e irônico, uma profundidade sem ostentação e um talento ímpar para o aforismo. No dia do centenário de nascimento de Millôr Fernandes, o Estadão selecionou algumas de suas frases mais icônicas.
- “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”
- “Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim.”
- “O Brasil tem um enorme passado pela frente”
- “Quando a burrice manda, a suprema burrice é ser sábio.”
- “A sociedade brasileira é das mais curiosas do mundo. Mal tem condição de te dar um emprego de salário mínimo. Mas, se um pobre transgride suas regras, bota-o numa prisão que custa seis salários mínimos.”
- “Brasil, a prova de que geografia não é destino”
- “Cada vez mais cético, não acredito nem no refluxo da maré. Acho que nessa volta tem mutreta.”
- “O comunismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa faz alterações no cliente.”
- “Vamos lá, decide qual você prefere: o capitalismo selvagem ou o socialismo hipócrita?
- “Sempre tive o senso de não me aliar nem a grupos de escoteiros nem a grupos políticos, ou mesmo intelectuais e artísticos.”
- “Políticos do PSDB têm curioso senso de oportunidade; ficam em cima do muro até a última hora e, quando não têm mais jeito, salta pro lado errado.”
- “Lula - um líder aspirando cada vez mais pompa e tropeçando cada vez mais nas circunstâncias.”
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.