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Tiktoker que descobriu Machado de Assis se derrete por Clarice Lispector: ‘Como ler outra coisa?’

Influenciadora que alavancou vendas de Machado nos EUA agora se surpreende com ‘A Hora da Estrela’, de Clarice Lispector

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Por Redação
Atualização:
TikToker americana que descobriu Machado viraliza com leitura de Clarice Lispector Foto: Reprodução/TikTok

A escritora e influenciadora americana Courtney Henning, que viralizou após ler Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, de Machado de Assis, agora está encantada Clarice Lispector.

Nesta terça, 16, Courtney afirmou que está “obcecada” pela escrita da autora após a leitura de A Hora da Estrela. O vídeo já tem cerca de 9 mil curtidas no TikTok.

“Brasil: como vocês conseguem continuar vivendo a vida normalmente depois de ler Clarice?”, perguntou a influenciadora para os seguidores.

Leitura é parte de desafio

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Courtney atingiu sucesso entre brasileiros durante um desafio de ler um autor de cada país do mundo. Quando chegou à letra “B”, ela foi apresentada à obra de Machado e viralizou.

A repercussão da postagem foi tamanha que Memórias Póstumas de Brás Cubas – traduzido para o inglês por Flora Thomson-De Veaux – ficou em primeiro lugar entre os mais vendidos da Amazon dos Estados Unidos, na categoria “Literatura Latino-Americana e Caribenha”.

Desde então, Courtney passou a receber recomendações dos seguidores brasileiros até chegar à leitura de A Hora da Estrela, publicado em 1977, em edição traduzida para o inglês pelo autor da biografia de Clarice, Benjamin Moser, e Giovanni Pontiero.

“Essa mulher inventou o próprio gênero de escrita? Como chamamos [isso que ela faz]?”, se surpreendeu. Como ler outra coisa a partir de agora?”

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TikToker planeja ler mais Clarice

A Hora da Estrela foi lançado meses antes da morte de Clarice. A narrativa apresenta a vida de Macabéa, uma jovem alagoana que vive no Rio de Janeiro e, apesar de pouca instrução, consegue um emprego como datilógrafa.

“Eu sublinhei algumas passagens, mas, honestamente, o que eu deveria ter feito é ter grifado passagens que não eram marcantes, porque isso seria mais fácil e eficiente. Ou iria ler o livro inteiro aqui”, diz.

“Ela encontrou a própria maneira de escrever. Me arrepiei toda durante as últimas 5 e 10 páginas. Eu fiquei pensando tanto em solidão, em conexão, sobre o que é a verdade e o que significa ser um ser humano”, afirmou Courtney, que já diz ter encomendado uma coletânea de contos de Clarice.

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