Mais prestigioso prêmio da literatura em língua portuguesa, o Prêmio Camões anuncia nesta terça-feira, por volta das 14 horas, o vencedor deste ano. A expectativa é que o premiado seja um escritor ou escritora de origem portuguesa, já que há um revezamento entre os escolhidos: um ano um brasileiro, no outro um africano ou um português. O vencedor ganha 100 mil euros, valor dividido entre os governos do Brasil e de Portugal.
Criado em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões elege a cada ano, pelo conjunto da obra, um escritor de países onde o português é a língua oficial. Em 2019, o vencedor foi Chico Buarque, que agradeceu em vídeo apesar do presidente Jair Bolsonaro não ter assinado o diploma. No ano anterior, Germano Almeida, de Cabo Verde.
Antes de Chico, o último brasileiro premiado tinha sido Raduan Nassar, em 2016. Além deles, os brasileiros ganhadores do Camões são: João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014).
De Portugal foram premiados: Miguel Torga (1989), Vergílio Ferreira (1992), José Saramago (1995), Eduardo Lourenço (1996), Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Eugénio de Andrade (2001), Maria Velho da Costa (2002), Agustina Bessa-Luís (2004), António Lobo Antunes (2007), Manuel António Pina (2011), Hélia Correia (2015) e Manuel Alegre (2017)
Os escritores africanos vencedores do Camões são José Craveirinha (Moçambique, 1991), Pepetela (Angola, 1997), José Luandino Vieira (Angola, 2006, recusou), Arménio Vieira (Cabo Verde, 2009), Mia Couto (Moçambique, 2013) e Germano Almeida (Cabo Verde, 2018).
Esta é a 32.ª edição do Prêmio Camões. Os jurados brasileiros serão o poeta Antonio Cícero e o professor Antonio Carlos Hohlfeldt, da PUC/RS. Participam ainda Clara Rowland e Carlos Mendes de Sousa, por Portugal, e Tony Tcheka e Nataniel Ngomane, pelos países africanos de lingua portuguesa.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.