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Opinião | Vitória 2023: o cearense 'Represa' é o grande vencedor

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
VITÓRIA - O cearense Represa foi o grande vencedor do 30º Festival de Vitória. Além do troféu de melhor filme, conquistou os de roteiro, direção, fotografia, além de uma menção honrosa.  

Foi, de fato, a consagração daquele concorrente que acumula méritos técnicos de construção de obra com originalidade na condução da narrativa. 

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O júri foi bem na distribuição de prêmios, não cedendo ao impulso tão comum de dar um premiozinho a todos os concorrentes para não magoar ninguém. 

A concessão ao populismo veio na atribuição do troféu de melhor interpretação a Mel Rosário, uma ótima atriz de si mesma, mas passará disso? Até mesmo ela duvida, quando, ao receber o inesperado troféu, disse que jamais havia sonhado em ser atriz nesta vida. Enfim, o longa também venceu o prêmio do júri popular, o que era previsível. 

O duro drama sobre aborto Incompatível com a vida, de Eliza Capai, ganhou o prêmio de Melhor Contribuição Artística. E foi só. Os outros longas saíram de mãos abanando. 

O melhor curta foi o também inventivo e intenso Ramal, de Higor Gomes, de Minas Gerais. Bateu os favoritos, Remendo (ES) e Escasso (RJ). Prevaleceu o filme na tela sobre discursos longos e muitas vezes vazios dos concorrentes. 

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Confira os vencedores:

 

Longa-metragem

 

. "Represa" (CE): melhor filme, diretor (Diego Hoefel), roteiro (Aline Portugal, Diego Hoefel, Maurício Grabowski), fotografia (Daniel Correia), menção honrosa de interpretação (Gilmar Magalhães)

 

. "Toda Noite Estarei lá", de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES): melhor atriz (Mel Rosário), melhor filme pelo júri popular

 

. "Incompatível com a Vida", de Eliza Capai (RJ): melhor Contribuição Artística

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Curta-metragem brasileiro

 

. "Ramal", de Higor Gomes (MG): melhor curta

 

. "Remendo" (ES): melhor direção (Roger Ghil), melhor filme pelo júri popular

 

. "Deixa" (RJ): melhor direção (Mariane Jaspe)

 

. "O Último Rock", de Diego de Jesus (ES): Prêmio Canal Brasil, melhor interpretação (Ana Clara Barros Barcelos)

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. "Escasso", de Clara Anastácia e Gabriela Gaia (RJ): melhor roteiro (Clara Anastácia)

 

. "Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem", de Anderson Bardot (ES): melhor fotografia (William Rubinho)

 

. "Mãri - A Árvore do Sonho", de Morzaniel Iramari (RR): melhor contribuição artística (para Davi Kopenawa e aos Yanomami)

 

. "Amei Te Ver", de Ricardo Garcia: melhor curta do Festivalzinho

 

. "Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo", de Renato Sircilli: melhor curta da mostra Quatro Estações

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. "Ferro's Bar", de Aline A. Assis (SP): Prêmio do Júri Popular de melhor curta da Quatro Estações

 

. "Mångata - Todas as Fases da Lua",  de Marcella Rocha (ES): melhor curta da Mostra Capixaba

 

. "O Passarinho Menino", de Ursula Dart (ES): Júri Popular de melhor curta (Foco Capixaba)

 

. "Capuchinhos", de Victor Laet: melhor filme, Júri Popular (mostra Corsários)

 

. "Desmonte" de Clara Pugbayon e Hugo Reis: melhor curta (ex-aqueo) da Mostra Corsária.

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. "No Início do Mundo", de Gabriel Marcos: melhor filme na mostra Outros Olhares

 

. Arrimo, de Rogério Borges: Júri Popular - Novos Olhares

 

. "Lei da Mordaça", de Isabella Vilela: melhor filme na mostra Mulheres no Cinema

 

. "Azul da Cor do Mar", de Natália Dornelas: Júri Popular - mostra Mulheres no Cinema

 

. "Mergulho", de Marton Olympio: melhor filme - mostra Cinema e Negritude

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. "Firmina", de Beatriz Barreto: melhor filme - mostra Cinema e Negritude

 

. "Avôa", de Lucas Mendes: menção honrosa - Cinema e Negritude

 

. "Copo de Silêncio", de Farofa Sintética: melhor videoclipe

 

. "Cornélios", de Hecthor Murilo e Patrick Gomes: Júri popular

 

. "Vãhn Gõ Tõ Laktãnõ", de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá - mostra Cinema Ambiental

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. "Memórias do Fogo", de Rita de Cássia Melo, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto - mostra Cinema Ambiental

 

. "La Purse", de Gabriel Nóbrega e Lucas René (mostra Cinema Fantástico)

 

. "Encruzilhadas do Caos", de Alexandre S. Buck  (Júri Popular- Cinema Fantástico)

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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